Análise

Athletico e RB Bragantino fazem final que dita nova ordem no futebol brasileiro

A final da Copa Sul-americana colocará frente a frente dois clubes que desafiam a lógica tradicional da hierarquia técnica que, em tese, deveria pautar o (des)equilíbrio de forças entre os times. Athletico e Red Bul Bragantino, por caminhos distintos, percorreram na mesma direção e estarão em campo decidindo o torneio da Conmebol no dia 20, em Montevidéu.

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Os dois mudaram seus nomes, com os rubro-negros voltando a contar com o “h” depois do “t”, maneira encontrada no passado para projetar o presente e o futuro sem ser confundido com os xarás, que tantos são, pelo país. O Bragantino incorporou o nome da Red Bull… que o incorporou. Ambos também se estruturaram e hoje ocupam espaço que, pelo menos na teoria, seria de times que estão na Série B.

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Se em 1991 o Bragantino foi vice-campeão brasileiro depois de conquistar o título paulista no ano anterior, o Atlético, ainda sem o “h”, ergueria o troféu nacional uma década depois. O time de Bragança Paulista ficou escondido em divisões menores até a chegada da multinacional austríaca que arrendou o seu futebol. Com grana e postura profissional, voou, como se estivesse no próprio comercial da casa.

Ambos tiveram momentos relevantes seguidos de longos períodos em jejum. Após o Brasileiro de 2001, o Furacão só foi ganhar um título fora do Paraná em 2018, com a própria Sul-Americana, erguendo no ano seguinte a Copa do Brasil, que também poderá conquistar ainda em 2021. O salto de competitividade dado na virada do século foi seguido por um hiato que não se repete no momento. Nem ameaça acontecer de novo.

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Athletico e Red Bull Bragantino ditam uma nova ordem no futebol brasileiro e assim vão se encarar no Uruguai. Não será nada surpreendente se estiverem frente a frente em outros jogos relevantes nos próximos anos. Por que a chegada da dupla à decisão do certame internacional não é uma mera casualidade. Dinheiro e estrutura, obtido e erguida de maneiras diferentes, mas que levam ao mesmo lugar. E hoje quem não tem isso, fica fora da briga.

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