Meus amigos, aqui Lombardo Gomes, seu ex-narrador em atividade. O único jornalista esportivo que tomou da água do Maradona na Copa de 1990. Se eu contar pra vocês o que eu vi depois que dei a beiçada no líquido, vocês jamais acreditariam.
Dormir durante o jogo da seleção brasileira já se tornou esporte nacional. Nada como adormecer em paz, sabendo que não se está perdendo absolutamente nada. E agora, sem o Galvão Bueno narrando, é quase um dever cívico descansar os olhos enquanto os canarinhos maltratam a esfera.
Avalie: já são cinco Copas do Mundo em que o Brasil é nada além do que um México levemente melhorado. Se os mexicanos são conhecidos por caírem nas oitavas de final, os pentacampeões se despedem, quase invariavelmente, nas quartas. E olhe lá.
A exceção foi justamente o último grande momento do conjunto verde e amarelo. Há quase 10 anos, no Mundial em solo nacional, protagonizamos o maior vexame da história do esporte: o medonho, tétrico, lúgubre, fúnebre 7 a 1. Nem o revés do Maguila para o Holyfield foi tão severo.
Dormi gloriosamente ao longo do embate contra Guiné, fui saber depois que vencemos, veja só, por 4 a 1. O plano é fazer o mesmo contra Senegal, nesta terça (20). Aliás, me disseram que o nosso técnico é o Ramon Menezes, treinador que, creio, não é muito famoso, pois nunca ouvi falar. Alguém confirma?
É pique de jornada.
