Opinião

Paraná Clube: Por que a torcida pode ser pessimista com a negociação da SAF

Por
Julio Filho
01/05/2025 11:00 - Atualizado: 01/05/2025 11:00
Paraná Clube vive expectativa pela venda da SAF
Paraná Clube vive expectativa pela venda da SAF | Foto: Arquivo/UmDois Esportes

Em participação no podcast Carneiro & Mafuz, o presidente do Paraná Clube, Ailton Barboza, revelou: o Tricolor recebeu proposta inédita pela venda de sua Sociedade Anônima do Futebol, a famosa SAF.

Os valores citados pelo mandatário imediatamente fizeram o mais pessimista dos tricolores arregalar os olhos: investimento mínimo de R$ 250 milhões, podendo chegar a R$ 700 milhões.

Um montante monstruoso, se considerarmos o estado falimentar do clube, que não tem dinheiro nem para manter as próprias categorias de base e, não fosse o apoio financeiro do empresário Carlos Werner, tampouco teria para manter uma equipe profissional.

Torcida do Paraná hesita diante de futuro incerto

Torcida do Paraná vive ansiedade com negociação da SAF. Foto: Albari Rosa/Arquivo/UmDois
Torcida do Paraná vive ansiedade com negociação da SAF. Foto: Albari Rosa/Arquivo/UmDois

A torcida aguarda novidades ansiosamente. E, no entanto, os paranistas mais escolados já estão com um pé atrás. A história do Paraná comprova o ditado popular: quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Além das questões financeiras envolvendo dívidas milionárias, recuperação judicial, patrimônios inalienáveis, sedes abandonadas, negociações com credores, e tudo o mais, o paranista precisa confiar na capacidade de negociação da atual gestão.

Uma gestão que foi duas vezes rebaixada no pobre Campeonato Paranaense e, cujo maior feito, foi o acesso dramático na modesta Série Prata da disputa, em 2024.

Torcida do Paraná ainda é capaz de confiar em uma diretoria do clube?

Paraná investiu mal e caiu no Estadual. Foto: Luis Garcia/AGIF/Icon Sport
Paraná investiu mal e caiu no Estadual. Foto: Luis Garcia/AGIF/Icon Sport

Está claro, Ailton Barboza, herdeiro político de Rubens Ferreira, assim como o antecessor, não entende de futebol mais que qualquer torcedor de arquibancada.

Não me levem a mal: Barboza, tal qual o investidor Carlos Werner, são muito bem-sucedidos em suas áreas de atuação. Fora do futebol.

Dentro dele, o Estadual deste ano comprovou: com orçamento maior que equipes como Andraus e São Joseense, mesmo assim terminou rebaixado.

E aqui falamos de um universo à parte, em que até Steve Jobs seria chamado de incompetente caso comprasse um clube e não o levasse às vitórias. O mundo do futebol, afinal de contas, se basta em si mesmo e não se importa com o que fora dele ocorre.

De Aurival Correia e Aquilino Romani, passando por Ruben Bohlen, Leonardo Oliveira e Casinha, chegando a Rubão e Barboza, o torcedor paranista não deveria mais acreditar em seus cartolas. É um sentimento justo.

Agora, fica a esperança de que, apesar dos fracassos recentes, a atual diretoria consiga, ao menos, executar a venda SAF de maneira satisfatória, dando ao torcedor paranista, finalmente, um motivo para voltar a sonhar.

É o mínimo que podem fazer.

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Formado pela UFPR, ingressou na Gazeta do Povo em 2014, como repórter na editoria de Esportes, participando de coberturas de Campeonato Paranaense, Copa do Brasil, Brasileirão, Sul-Americana, Libertadores, Olimpíadas e Copa do Mun...

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