A novela da milionária venda da SAF do Paraná Clube parece estar perto do fim. Como se trata de Tricolor, no entanto, o torcedor sabe: enquanto as assinaturas não estiverem no papel e o dinheiro na conta, tudo pode sempre dar errado.
A história do clube da Vila Capanema é assim. Quando menos se espera, o orgulhoso despreparo de cartolas e conselheiros pode vir à tona e destruir todas as esperanças. Neste caso, além de tudo, ainda falta o aval dos credores.
A incompetência, aliás, luta para manter espaço no futuro paranista. Neste momento, por exemplo, 10% das ações da SAF estão nas mãos de Rubens Ferreira, o Rubão.
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Para quem não lembra, ele foi o presidente que, com uma máscara sanitária pendurada em uma das orelhas e dois joinhas com as mãos, iniciou a gestão que afundaria o Paraná em novos abismos de amadorismo.

Gestão que, continuada pelo seu vice, Ailton Barboza, tornou naturais: rebaixamentos no Estadual; falta de calendário; recusar participação em torneio oficial; assessor “debatendo” com torcedor em rede social; presidente dizer que não tem tempo para o futebol; ignorar a torcida, etc.
Amadorismo também é a marca atemporal do Conselho Deliberativo.
Pense o seguinte: tudo que aconteceu na tragédia que é a história do Tricolor foi chancelado pelas barbeiragens deste órgão. Cada fracasso e vergonha tem a sua impressão digital. Há gente há décadas ali rubricando cada novo vexame.

A questão dos 10% das ações de Rubão, por exemplo, só veio à tona para o público em geral após reportagem do jornalista Guilherme Moreira, da Jovem Pan News.
Pressionados, o ex-presidente e o Deliberativo explicaram haver um documento que garante o repasse desta porcentagem para a Associação do clube após a conclusão da venda dos outros 90% da SAF. É esperar para ver.
Uma coisa já sabemos. Se o comando desta “Associação dos 10%” permanecer nas mãos dos mesmos personagens que ajudaram a enterrar o Paraná, a cota do fracasso estará garantida na nova SAF tricolor.