Flávio Pantera não apenas estreou diante da torcida do Paraná Clube. Foi logo guardando um lugar no coração de todo paranista.

Em um domingo mágico de abril de 2003, em Pinheirão com bom público, o Tricolor venceu pela Série A, 3 a 0. Gols de Fernandinho, Renaldo e Marquinhos. O técnico era Cuca.

O adversário não poderia ser mais simbólico: o rival Athletico.

No clube da Baixada, o Pantera havia gravado o nome de forma eterna. Foi, para muitos, o maior da história rubro-negra. Campeão brasileiro, recordista de títulos. Um monstro.

Agora o momento era outro. Dois anos após o título do Brasileirão pelo Furacão, Flávio foi para o Vasco. A passagem pela Colina foi relâmpago. Poucos meses depois, era anunciado como grande reforço na Vila Capanema.

Na estreia em casa, contra o ex-clube, o Pantera foi magistral. Pegou tudo. Ágil, com os reflexos felinos, não permitiu que Dagoberto, Ilan, Fernandinho, Adriano Gabiru e companhia furassem a meta tricolor.

Flávio atuava, parecia, movido pelo orgulho de um animal ferido. Tinha algo a provar. Saiu de campo ovacionado.

E iniciava ali o caminho para se tornar ídolo de uma segunda torcida na capital. Fez parte de um Paraná que ensaiava a vaga para a Libertadores. O time de 2003 perdeu Cuca pelo caminho e ficou apenas em 10º.

Já em 2006, liderado em campo por Flávio, e pelo também eterno Caio Júnior fora dele, o Tricolor caminharia para o auge de sua história, ficando em 5º no Brasileirão e garantindo presença entre os maiores da América.

Antes, havia sido campeão estadual, no último título paranista na elite.

No último domingo, de forma precoce, Flávio se reencontrou com Caio e o céu, além de rubro-negro, também se tornou um pouquinho tricolor.

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