Worlds 2021

Red Canids deixa o Mundial de LOL, mas o gostinho é diferente

Atirador da Red Canids, Titan, em momento de concentração durante a série.

Após ter
apenas uma vitória nos quatro primeiros jogos do Torneio de Entrada do Worlds
2021 (o mundial de League of Legends), a Red Canids Kalunga disputou uma melhor
de 5 contra o time da região da Oceania, PEACE. Apesar da série mais longa, não
foi o suficiente para que os brasileiros avançassem para mais uma preliminar
antes da fase de grupos. A PEACE venceu por 3 a 2, em uma disputa acirrada em
alguns momentos, e distante em outros.

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O primeiro
confronto, ainda na primeira etapa da competição, também foi de derrota para os
brasileiros. Mas uma série de melhor de 5, trás mais elementos para o embate do
que o outrora duelo único.

O time
brasileiro começou os serviços com uma vitória, muito bem servida pelo Ezreal do
atirador Alexandre “TitaN” Lima, que aos poucos foi derretendo os
adversários. Mesmo em um jogo confuso dos brasucas, ficando atrás em ouro e em
algumas rotações, a diferença foi em algumas team fights que se
encaixaram perfeitamente, dando a vitória na primeira partida.

Nas duas partidas
seguintes, virada da PEACE no placar. As duas vitórias vieram de maneira
tranquila para os australianos. Construíram a vantagem ainda na fase de rotas e
aos poucos foram levando isso para o mid e late game, encerrando a partida
antes dos 30 minutos.

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Para a
quarta partida, a equipe brasileira resolveu mudar o jogador do meio, trazendo Adriano
“Avenger” Perassoli, que não disputava uma partida desde antes da
fase eliminatória do CBLOL. A novidade foi impactante e os adversários não
conseguiram responder, fazendo com que a Red empatasse o jogo.

Porém, na última
e derradeira partida, Avenger foi focado na fase de banimentos, onde quatro
campeões de sua rota foram banidos pelos australianos. Com decisões equivocadas
no início do jogo por parte da Red, a vitória da PEACE foi só uma questão de
tempo.

O Brasil
novamente volta para casa sem avançar para a fase de grupos do Mundial.
Novamente retorna com apenas uma vitória desde que a fase de entrada foi
implementada, em 2017. Porém, seria errado dizer a clássica frase “jogou como
nunca, perdeu como sempre”.

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Pois por
mais que a segunda metade da frase esteja correta – os números não nos deixam
mentir – a diferença que a Red pareceu mostrar não foi tanto dentro de jogo.
Provavelmente ressabiados com o barulho das redes sociais após o fraco
desempenho da Pain Gaming no Mid-Season Invitational deste ano, a Red pareceu
um time mais sério, talvez até mais preparado, do que o que vemos
costumeiramente nas disputas pós-CBLOL.

Além disso,
o time pareceu tranquilo em diversos momentos dentro do jogo. Mesmo com erros,
que não foram poucos (de rotação, de decisão e até de mecânica – quem sabe tema
para outro texto), a Red não pareceu afobada ao estar em situação desvantajosa.
E isso veio também em contrapartida das redes sociais. Pessoas influentes do
cenário, proplayers e comentaristas pareceram entender como foi essa disputa desse
Mundial. Houve uma pequena evolução, ainda que tenha sido mais no lado
comportamental do que dentro de jogo. Quem sabe o sistema de franquias não
tenha colocado uma semente que possa trazer frutos no futuro?

Mesmo com
essa boa postura e desempenho ok, ainda é preciso entender que o cenário
brasileiro tem muito o que evoluir, e não se trata apenas da parte de jogo em
equipe, mas também individualmente.

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