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Enviado Especial ao Sofá
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Primeiro dia

Marta é deusa olímpica, Bruno Soares fora e será que dou mais uma chance para o softbol?

Por
Roger Pereira
21/07/2021 19:33 - Atualizado: 04/10/2023 17:57
Japão fez 8 a 1 na Austrália e partida foi encerrada pela “regra da misericórdia”
Japão fez 8 a 1 na Austrália e partida foi encerrada pela “regra da misericórdia” | Foto: JIJI PRESS

Ela já tem 35 anos, 19 deles de serviços prestados à seleção brasileira. Não tem mais o vigor físico e as arrancadas verticais que conduziram o Brasil a duas medalhas de prata (uma delas não foi ouro por culpa da arbitragem, sempre é bom lembrar) em 2004 e 2008, mas segue sendo genial. Em uma nova função, muito mais tática, participa menos do jogo, sacrifica-se para ajudar na marcação e, ainda assim, consegue organizar o time e estar no lugar certo na hora certa para fazer dois gols. Se os feitos de Marta (seis vezes a melhor jogadora do mundo) já eram incontestáveis, na madrugada desta quarta-feira, ela colocou mais um recorde na sua galeria: é a única jogadora a marcar gols em cinco edições diferentes dos Jogos Olímpicos. Feito que a torna, sem dúvida, uma das grandes atletas da história dos Jogos.

Se o Brasil tem uma coadjuvante do peso de Marta, que ainda colabora com nada menos que dois gols, Debinha foi o grande destaque da goleada de 5 a 0 sobre a China na estreia. Resultado fundamental, porque a próxima adversária é a seleção holandesa, vice-campeã mundial. A goleada esconde alguns erros defensivos da seleção comandada por Pia Sundhage, uma vez que a China teve várias chances de gol, chegou a dominar o jogo em alguns momentos do segundo tempo, acertou a trave três vezes e o Brasil ainda contou com grandes defesas de Bárbara. Os espaços que a seleção deu à China, certamente, seriam aproveitados por uma seleção como a Holanda. Mas a boa vitória mostra muito do trabalho de Pia e, se tem uma técnica que pode levar o Brasil a, desta vez, surpreender e alcançar mais uma disputa de medalha é a sueca.

Na manhã de quinta-feira começa, para o Brasil, a disputa
pelo bicampeonato olímpico no masculino, já com a reedição da final de 2016,
contra a Alemanha, às 8h30.

Que hora para ter apendicite...

No intervalo do jogo do Brasil, recebemos a notícia que o tenista Bruno Soares teve uma crise de apendicite, foi submetido a uma cirurgia de emergência e está fora da Olimpíada. Uma baixa muito sentida para a delegação brasileira uma vez que, ao lado de Marcelo Melo, Bruno tinha reais chances de medalhas nas duplas. Melo e Soares, que já foram, respectivamente, número 1 e 2 do ranking de duplas (em momentos distintos) não estão no auge de suas carreiras, mas seguem jogando em altíssimo nível (no top 20 do ranking) e, juntos, sempre incorporam um espírito de Copa Davis que os faz, na raça, irem ainda mais longe. Num torneio olímpico de tênis bastante esvaziado por conta de lesões e do calendário do circuito mundial, a dupla era vista com bom potencial de medalha. Agora, Melo jogará com Marcelo Demoliner, número 53 do ranking de duplas da ATP. Quem sabe não pinta uma surpresa na base da superação?

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Escolhi mal o jogo de softbol a que assisti

Ainda tentando adaptar ao fuso do Japão e encaixando as Olimpíadas na programação diária, não assisti à primeira competição de Tóquio 2021, a partida de softbol entre Japão e Austrália. Atlético-MG x Boca Juniors foi para os pênaltis, tinha Athletico x América de Cali e, ainda a final da NBA, tudo no mesmo horário. Mesmo assim, me decepcionei com a informação de que o jogo foi encerrado ao final do quinto inning, por conta da “regra de misericórdia” que prevê o final da partida antes dos sete innings se uma equipe abrir sete pontos ou mais de vantagem. Os Jogos começaram, para mim, com Estados Unidos x Itália. E se o sono vai ser um adversário constante nesta jornada, essa partida já foi um bom teste: um dois a zero sem graça para as americanas, que parecem nem terem se esforçado muito para a vitória. Na partida toda, a Itália acertou apenas uma rebatida válida. Como ainda não adaptei à rotina madrugueira, preferi dormir entre às 2h (quando acabou este jogo) e às 5h (quando começou o jogo de futebol do Brasil) e, assim, não assisto aos 4 a 0 do Canadá sobre o México, jogo que ocorreu às 3h da manhã.

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Uma das curiosidades que o fuso horário nos proporcionará nestes
jogos já vai ocorrer neste segundo dia de competições. Pelo horário de
Brasília, a seleção de softbol do Canadá jogará duas vezes no mesmo dia. Jogou
às 3h desta quarta-feira contra o México e joga às 21h contra os Estados
Unidos. Pelo horário do Japão, a partida da primeira rodada foi às 15h desta
quarta e a próxima é às 9h de quinta-feira.

Ainda sobre o softbol, estranhei bastante o fato de apenas
seis seleções disputarem os jogos. Metade dos participantes ganhará uma
medalha. E a fórmula de disputa ainda parece Campeonato Carioca: todos contra
todos em pontos corridos, mas, depois disso, ainda há disputa do ouro entre os
dois primeiros e do bronze entre o terceiro e o quarto. O esporte não estava no
programa dos Jogos desde Pequim 2008, mas é muito tradicional no Japão, que o
trouxe de volta, mas, poderia ter uma programação mais atrativa.

Como nesta madrugada ainda temos apenas o softbol e a
estreia do futebol masculino, darei mais uma chance ao esporte.

O que assistir nesta madrugada:

21h – Softbol – Estados Unidos x Canadá
0h – Softbol – México x Japão
3h – Softbol – Itália x Austrália
4h30 – Futebol masculino – Egito x Espanha
5h – Futebol masculino – México x França
8h30 – Futebol masculino – Brasil x Alemanha

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