Após mais de um ano sem lutar, Norma Dumont volta a subir no octógono, desta vez para enfrentar a também brasileira Ketlen Vieira. A luta acontecerá no card preliminar do UFC Vegas 110, no próximo sábado (1º).

As duas são quarta e terceira colocadas, respectivamente, no ranking da divisão peso-galo feminino. Quem vencer, ficará muito perto de desafiar o cinturão, que hoje pertence a Kayla Harrison. Apesar de ser uma boa luta, Norma admitiu que tentou evitar o confronto com outra brasileira, mas, após a lesão de Raquel Pennington, nenhuma das duas teve muita escolha.

“Se ela [Ketlen] tem interesse em disputar o título, ela precisa me enfrentar. Acho que ela aceitou de bom grado porque é a chance que ela tem”, explica, em entrevista ao UmDois Esportes.

Dumont estava se preparando para enfrentar Pennington, ex-campeã da categoria, no Noche UFC, que aconteceu em setembro. Pouco antes da luta, no entanto, a norte-americana precisou desistir por causa de uma lesão. Na opinião da brasileira, Raquel não deve voltar mais — mas se voltar, ela não recusaria a luta.

“Acredito que a Raquel não retorna. Minha opinião pessoal, parece que ela ainda vai passar por três cirurgias. Parece que era um problema que ela já tinha há mais tempo, desde as últimas lutas e decidiu operar agora, mas eu não tenho muitas informações. Se ela voltar e eu tiver que fazer mais uma luta pelo título, seria uma luta muito legal, explosiva, em pé”, conta.

Mais de um ano sem lutar

A última luta de Norma Dumont aconteceu em setembro de 2024. Ela teve uma vitória contundente sobre Irene Aldana por decisão unânime dos juízes e subiu para a quarta colocação no ranking peso-galo. Desde então, ninguém mais quis enfrentar a brasileira.

Além da campeã Kayla Harrison, acima dela havia apenas Ketlen Vieira, que é sua próxima oponente; Raquel Pennington, que está lesionada e sem previsão de retorno; e Julianna Peña, que perdeu o cinturão para Harrison.

“Julianna não me responde, ela não se apresenta. Até para o UFC, a resposta é ‘não'. Elas se preocupam muito com posição de ranking, porque a partir do momento que você está bem posicionada, você pode ser a próxima do título”, explica.

Para evitar essa trava no topo da categoria, Dumont sugeriu que nomes inativos, que não tenham reportado lesão ao UFC, comecem a ser retirados do ranking.

“Tem que começar a derrubar elas do ranking. Está há um ano inativa? Joga lá embaixo. Ou então coloca quem está ativa na frente, porque aí elas vão perdendo importância. Não está lesionada, está recusando luta? Sai fora! Deixa quem quer trabalhar. Aí elas vão ver o trabalho de anos sendo derrubado se não se apresentar para lutar”, sugere a brasileira.

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