Dana White não se animou nada com a disposição de Jon Jones em fazer a luta principal de um possível card do UFC na Casa Branca, planejado para 4 de julho de 2026.

O ex-campeão dos pesados anunciou sua aposentadoria dos octógonos há cerca de um mês, por telefone, frustrando os planos do presidente do Ultimate em realizar uma luta entre ele e Tom Aspinall, que seria uma das maiores na história da categoria.

“Simplesmente não posso correr o risco de colocá-lo em uma posição importante e algo dar errado. Especialmente no card da Casa Branca”, esclareceu o cartola, durante a entrevista coletiva após o UFC 318, no último sábado (19).

O card na Casa Branca foi uma sugestão de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos e amigo pessoal de Dana. O evento faria parte de uma série de comemorações e homenagens ao aniversário de 250 anos da independência do país.

Apesar de muitos lutadores se animarem e interessarem em estar no card, o evento ainda não foi oficialmente confirmado. Além de Jon Jones, Conor McGregor também mostrou interesse em lutar e até voltou ao programa de testes antidoping do UFC.

Jon Jones rebate Dana White

Mesmo depois de ter se aposentado por telefone, foi Jon Jones quem se disse decepcionado com Dana White após a declaração sobre não poder confiar nele, especialmente em um evento que seria histórico.

Jon Jones em jogo da NBA. Foto: Icon sport
Jon Jones rebateu Dana White. Foto: Icon sport

“Eu ouvi os comentários. Embora tenha ficado um pouco decepcionado, ainda estou no programa de testes antidoping do UFC, me mantendo em forma e continuando a treinar como um profissional. Por enquanto, vou continuar me esforçando, mantendo a paciência e a fidelidade. Estou pronto para lutar no dia 4 de julho”, disse o aposentado, em seu perfil no X (antigo Twitter).

Bones passou meses sem confirmar a luta com Tom Aspinall, proposta por Dana White, e fazendo declarações sobre se sentir aposentado, além de afirmar que não estava nem treinando com frequência mais.

Mas ao saber da possibilidade de um card na Casa Branca, Jonny voltou atrás e se dispôs até a enfrentar o britânico pelo cinturão que acabou de renunciar —ou quem quer que seja o campeão dos pesados até lá.

Jones afirmou que acha importante ter um lutador nascido nos Estados Unidos na luta principal, por ser algo simbólico para o país, além de ser fã declarado de Donald Trump, a quem dedicou sua última vitória da carreira até agora.

“A oportunidade de lutar na Casa Branca me deu algo mais profundo pelo qual lutar, um ‘porquê’ que vai além de salários ou títulos. Lutar pelo meu país me dá um propósito maior! O lado bom de tudo isso é saber que os fãs veem o meu coração. Nunca foi uma questão de adversário. Busco um legado, algo atemporal, algo maior que o momento”, declarou.

A aposentadoria de Jon Jones foi bastante criticada até entre os próprios lutadores do UFC, que o acusaram de “fugir” de uma luta com Tom Aspinall por medo de perder.

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