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Trio de Ferro em crise: o que dirigentes de Athletico, Coritiba e Paraná pensam?

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Cristian Toledo
14/12/2020 16:15 - Atualizado: 29/09/2023 21:15
Como presidente do Athletico, Mário Celso Petraglia criou o cargo de CEO. Aí se nomeou o CEO e se licenciou da presidência.
Como presidente do Athletico, Mário Celso Petraglia criou o cargo de CEO. Aí se nomeou o CEO e se licenciou da presidência. | Foto: Albari Rosa/Arquivo

Chegamos a uma segunda-feira (14) que sucede a mais uma rodada de fracasso do Trio de Ferro no Campeonato Brasileiro. O Coritiba não sai da zona de rebaixamento da Série A, entrou em parafuso, demitiu técnico e não sabe para onde ir. O Athletico empacou na classificação e voltou a estar ameaçado pela ZR. E o Paraná Clube entrou na área da degola na Série B e parece sem forças para reagir.

OUÇA: no podcast De Letra, Jota Júnior fala sobre a situação do Trio de Ferro

Nos três clubes, assusta a falta de coragem de seus presidentes de encararem o torcedor. Preocupados com outras coisas, com o foco longe do futebol e avessos às críticas, os cartolas do Trio de Ferro seguem sem falar em uma entrevista coletiva, respondendo perguntas de vários jornalistas, preferindo se abrigar onde não são cobrados.

Trio de Ferro?

Sei que tem torcedor que fica enchendo o saco, que reclama do termo, que diz que não pode mais comparar um clube com outro. E outros que adoram dizer que "a imprensa torce contra". Diferente dos valentões anônimos das redes sociais, tenham certeza que nós preferimos mil vezes falar bem do que falar mal, avaliar vitórias e não derrotas. E a exposição dos profissionais no mercado é bem maior quando se trata de sucesso do Trio de Ferro.

Mas neste momento não há muito sucesso para ser comentado, infelizmente. A temporada 2020 é muito fraca para o futebol paranaense - estamos hoje lutando para evitar rebaixamentos e torcendo para o Londrina passar pelo "grupo da morte" na Série C e voltar para a Segundona. O FC Cascavel foi eliminado no sábado (12) na quarta divisão e o Operário está em uma posição mais cômoda, mas que ainda inspira cuidados.

Leonardo Oliveira, presidente do Paraná, não fala em entrevista coletiva há um ano. E não é a exceção no Trio de Ferro.
Leonardo Oliveira, presidente do Paraná, não fala em entrevista coletiva há um ano. E não é a exceção no Trio de Ferro.

Já Athletico, Coritiba e Paraná desfiaram erros neste ano. Os três clubes falharam no planejamento, mais erraram do que acertaram nas contratações e estão sim decepcionando seus torcedores. O que se esperava deste ano? Que o Furacão lutasse na parte de cima da tabela, que buscasse o bi da Copa do Brasil. Do Coritiba se esperava uma campanha segura no Brasileirão. E o Paraná falava em acesso para a primeira divisão.

Cúmplices na crise

Hoje, quando vemos que pouco foi feito no Trio de Ferro em 2020, falta ainda mais a ação dos presidentes. Tudo bem que Mário Celso Petraglia não é mais o presidente do Athletico - mas ele se licenciou para virar o CEO do clube, cargo que ele mesmo criou. Enquanto o Furacão perde em campo, mesmo com Paulo Autuori tentando se desdobrar em técnico, diretor e psicólogo, Petraglia só surge através das redes sociais do clube, tentando criar cortina de fumaça após a derrota para o Atlético-MG.

Leonardo Oliveira, presidente do Paraná Clube, há tempos não dá uma entrevista coletiva. Então, não dá para saber o que ele pensa da fase do clube. Talvez o cartola não fale para não ser questionado sobre o desgoverno do departamento de futebol, que ficou acéfalo durante um mês - que, coincidência ou não, foi o período no qual o Tricolor começou sua queda livre. Sem notar (ou sem querer notar) que o time havia chegado ao limite, Oliveira decidiu demitir Allan Aal quando o Paraná estava em sexto lugar. Dali por diante, deu tudo errado.

Samir Namur é presidente do Coritiba, mas principalmente candidato à reeleição.
Samir Namur é presidente do Coritiba, mas principalmente candidato à reeleição.

E Samir Namur, do Coritiba, demitiu o técnico Rodrigo Santana e conseguiu chegar a um nome de consenso para substitui-lo. É Mozart, que já foi sondado, mas ainda não disse sim ou não. Mas ele e os outros dois candidatos, João Carlos Vialle e Renato Follador, não conseguem decidir quando vai ser a eleição do Coxa - que deveria ser realizada logo, porque o impasse só piora o atual momento. Vivendo uma das maiores crises institucionais da sua história, o clube se vê refém de uma disputa eleitoral que já caiu na baixaria. E os presidentes do Trio de Ferro são cúmplices nesse momento triste do nosso futebol.

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