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Athletico x River Plate: empate em jogo de entrega absoluta do Furacão

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Cristian Toledo
25/11/2020 00:14 - Atualizado: 29/09/2023 23:09
Guilherme Bissoli e Walter entraram para agitar Athletico x River Plate. Mas o jogo terminou empatado.
Guilherme Bissoli e Walter entraram para agitar Athletico x River Plate. Mas o jogo terminou empatado. | Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Foi um eletrizante Athletico x River Plate para abrir as oitavas de final da Copa Libertadores. Um jogo praticamente jogado no campo de defesa rubro-negro, mas que contou com uma atuação de entrega absoluta, a ponto de sair na frente, mas não resistir à pressão argentina. De qualquer forma, o 1x1 desta quarta-feira (24) na Arena da Baixada mantém o Furacão vivo, e mantém também a invencibilidade do time de Paulo Autuori.

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Dentro da realidade atleticana, que apenas nas últimas partidas do Campeonato Brasileiro conseguiu sair da zona de rebaixamento, o resultado é absolutamente normal. O River é um time superior ao Athletico, e teve mais chances de marcar. Mas a forma que o Furacão atuou certamente seria aplaudida pelos torcedores rubro-negros, caso eles pudessem ter ido ao Joaquim Américo.

Athletico x River Plate: os times

Desfigurado por conta do surto de covid-19 e as lesões, o Furacão não tinha seus dois principais goleiros, os dois laterais-esquerdos, o lateral-direito titular, o centro técnico do time e a revelação da temporada. As infecções pelo novo coronavírus também passam por um certo relaxo do clube, mas o que ficava era a dificuldade para Paulo Autuori montar um time. E ele fez o que se espera em momentos assim: aumentou o poder de marcação.

O menino Bento ia para o gol, e outro garoto, João Victor, jogaria na lateral-esquerda. Para o primeiro, a estreia entre os profissionais; para o segundo, a segunda partida no time de cima. Mas a aposta era em Wellington, Richard e Léo Cittadini brecarem o River Plate, e que Reinaldo e Carlos Eduardo ganhassem na velocidade nos contra-ataques. No time argentino, Marcelo Gallardo não tinha problemas, tava todo mundo em campo.

Bola rolando

Sabendo das dificuldades atleticanas, o River começou na garganta dos donos da casa. Mas quem levou perigo primeiro foi o Furacão - e uma daquelas jogadas que Richard não poderia perder. A força argentina estava em De La Cruz, que jogava em cima de Erick. Para conter os gringos, até Renato Kayzer voltava para marcar. O 4-1-4-1 do Athletico era bem fechado, mas os visitantes encontravam espaço entre as linhas.

Reinaldo precisou ajudar Erick na marcação de De La Cruz. Foto: Albari Rosa/Foto Digital
Reinaldo precisou ajudar Erick na marcação de De La Cruz. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Era por onde Suárez trafegava, aproveitando a pressão que Erick sofria. Mesmo com dois volantes, o Rubro-Negro permitia o jogo do River por ali. Era um controle completo dos visitantes, com o Furacão lutando para evitar o gol. Mas o domínio não gerava perigo para Bento, já que o time de Gallardo errava muitos passes e não ficava em condições de arremate - apenas uma cabeçada de Paulo Díaz assustou.

A conversa precoce de Autuori com Walter apontava para uma busca de solução. O Athletico não conseguia impedir que o River Plate ficasse inteiro em seu campo. O centroavante poderia segurar alguém, pois até Pinola e Díaz estavam avançados. Até o final do primeiro tempo o jogo seguiu no mesmo ritmo, com os argentinos atacando e os rubro-negros se segurando.

Troca de estilo

Sem conseguir encaixar os contra-ataques, o Athletico precisava mudar. E Paulo Autuori decidiu colocar dois centroavantes, Walter e Guilherme Bissoli, no lugar de Carlos Eduardo e Renato Kayzer. Era a tentativa de, mudando o jeito de jogar, criar algum incômodo aos visitantes - e de ter maior chance de acerto nas poucas chances que o jogo ofereceria. Mas o segundo tempo começou do mesmo jeito, com o River dentro do campo atleticano.

Mas como os Millonarios falhavam, e até passavam uma certa soberba, havia uma esperança. E foi na bola longa de Walter para Erick que se iniciou o gol rubro-negro. Na bobeada da marcação gringa e no corta-luz de Walter, Guilherme Bissoli marcou. A abnegação do time, superando todas as adversidades, era premiada com a vantagem. E estar atrás no placar abalou o River, que passou a errar ainda mais.

Passava da metade do segundo tempo de Athletico x River Plate e a entrega dos rubro-negros impressionava. Mas foi quando Reinaldo foi expulso, para revolta de Paulo Autuori (que gritava "increíble" para a arbitragem), essa superação aumentou. Com Luccas Pratto em campo, a blitz aumentou. Felipe Aguilar foi chamado para aumentar a altura da defesa.

Final dramático

Thiago Heleno simbolizava a raça atleticana. Era impressionante a atuação do General, carregando a defesa nas costas - e bem secundado por Pedro Henrique. E eles seguravam a onda, o que irritava os argentinos, que não sabiam por onde jogar. Mesmo com muita posse de bola, eles não tinham muitas oportunidades. Mas quando Lucas Pratto acertou a trave, até o DJ da Arena da Baixada silenciou.

Tecnicamente superior, o River Plate não parecia capaz de superar a vontade do Athletico. A luta, a entrega e a dedicação rubro-negra foram admiráveis, mas nos acréscimos o zagueiro Paulo Díaz ganhou por cima e marcou o gol de empate. Um castigo pela demonstração de raça, mas talvez inevitável pela diferença entre os dois times - ainda mais com tudo que o Furacão passou nos últimos dias.

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