Árbitro de vídeo

Azucrinação da cabine do VAR no ouvido do árbitro deixa apito ainda mais inseguro

O principal objetivo de todo árbitro de uma partida de
futebol é sair de campo com a cabeça erguida, sem ser contestado, insultado ou
coisas do gênero.

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Missão cumprida após um trabalho bem executado é o sonho de consumo da maioria. Pelo menos era isso o que eu ouvia nos tempos de repórter, em que convivia com apitadores e bandeirinhas, nos corredores da Federação Paranaense de Futebol ou em ruas da cidade, então com menor população.

Eram outros tempos, claro. O futebol era quase amadorístico, porém a responsabilidade da arbitragem não mudou. Até, pelo contrário, com a moderna tecnologia colocada à disposição do futebol o erro ou a dúvida tornaram-se inaceitáveis.

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O chamado homem de preto, que ultimamente usa camisas
coloridas com o apito na boca entre os jogadores, faz lembrar “a mulher de
César”.

Por volta do ano 60 antes de Cristo, Júlio César era um nome
em ascensão. Já ocupava postos de destaque na República romana e todos –
inclusive o próprio – acreditavam que, com o seu prestígio e sua popularidade,
seria tentado a sagrar-se imperador.

Na verdade, sua ambição era ainda maior.

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Quando andava pelas ruas e o povo o chamava de rei, ele
invariavelmente respondia: “Não sou rei, sou César”.

Mas o que importa, aqui, é o conceito de vida pública que
ele cultivava. Quando Pompeia, sua esposa, se envolveu num escândalo, Júlio
César imediatamente se divorciou dela.

Quando perguntado sobre o porque de tão drástica atitude,
uma vez que não havia provas concretas contra ela, ele teria respondido: “A
esposa de César tem de estar acima de suspeitas”.

Nasceu aí o popular conceito sobre “a mulher de César”. Ou
seja, não lhe basta ser honesta; tem, também, de parecer que o é.

Dois milênios passados, aqui, nos nossos trópicos, os juízes
de futebol são cobrados como se fossem “a mulher de César”.

Com o aumento do interesse pelo futebol através da televisão,
com a sua absoluta profissionalização e, sobretudo, pela comercialização em
torno do extraordinário produto de lazer com alcance mundial, obviamente a
arbitragem também ganhou maior relevo.

Porém, o despreparo, técnico e psicológico, da maioria dos apitadores, auxiliares e, agora, dos operadores do VAR, salta aos olhos do respeitável público, que anda indignado com tantos equívocos e prejuízos aos times.

Parando o jogo para consultar a imagem, com aquela
azucrinação da cabine do VAR nos ouvidos do árbitro de campo, certamente vai
aumentar a insegurança de Sua Senhoria.

A propósito, por que será que quase tudo é tão difícil de funcionar rapidamente neste lado de baixo do Equador ?

MAIS CARNEIRO NETO!

Carneiro Neto comenta o empate do Athletico com o Flamengo, por 1 a 1, na Arena da Baixada, pela Copa do Brasil. Ouça!

“O Athletico jogou melhor que o Flamengo e poderia ter vencido a partida pela Copa do Brasil não fosse tremendamente prejudicado pela arbitragem. Os três gols anulados foram caracterizados os impedimentos. Porém, o árbitro cometeu duas falhas gravíssimas”.

TABELA COPA DO BRASIL 2019: Jogos e resultados

Ouça mais Carneiro Neto!

A seleção brasileira conquistou o título da Copa América 2019vencendo o Peru por 3 a 1.
Foi uma partida bem disputada, mas com pouca técnica. Na verdade, o
time de Tite teve o controle absoluto das ações. A arbitragem,
entretanto, tem sido o ponto negativo do futebol, verdadeiros bonecos do
VAR.

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