Os últimos cinco anos tem sido de tirar o fôlego da apaixonada torcida atleticana: duas finais de Copa Sul-Americana, duas finais de Copa do Brasil e um tricampeonato paranaense.

Agora, qual a melhor estratégia para chegar à final da Copa Libertadores da América pela segunda vez em sua história?

O mundo é feito de paradoxos e no futebol não é diferente.

De certa forma, o que se passa no mundo da bola é um microcosmo da atividade humana.

A vitória espetacular do Athletico sobre o Palmeiras, no primeiro jogo da semifinal da Libertadores, contrastou com a decepcionante apresentação do mesmo Athletico na derrota para o Flamengo pela Copa do Brasil.

Decepcionante pela forma excessivamente cautelosa com que Felipão armou o esquema de jogo sem nenhuma inspiração ofensiva.

Mas o tarimbado e respeitado treinador ouviu a voz da arquibancada – ou de alguém que reivindicava as escalações dos atacantes Vitor Roque e Vitinho há mais de um mês – e tornou o Furacão mais competitivo no confronto com o poderoso Palmeiras.

Não se vence um adversário desta envergadura no mole.

Foi preciso um esforço gigantesco dos jogadores, um talento estratégico excepcional, uma tenacidade a toda prova e a superação não só sobre o time rival, mas sobre uma arbitragem maliciosa que reforça a notória mediocridade do apito latino-americano.

Nem com a tecnologia do VAR essa gente consegue mostrar um pouco de inteligência e capacidade.

Bem, dito isso, voltemos à pergunta que não quer calar: Como se comportar terça-feira no Allianz Parque?

Para todo atleticano é um enigma perturbador: fechar, como no confronto com o Flamengo, para tentar arrancar o empate que basta para a classificação ou jogar sem medo de ser feliz como na vitória sobre o Palmeiras na Arena da Baixada?

Sugestões para o e-mail de Luiz Felipe Scolari.

E seja o que Deus quiser.