Começa neste fim de semana a 104ª edição do Campeonato Paranaense. O campeonato tem história, sem dúvida. Muita história. Especialmente até alguns anos atrás quando o título de campeão estadual tinha peso e repercussão.
O pentacampeonato do Paraná na década de 1990, o tri do Athletico na virada do século, o tetra do Coritiba recentemente, os títulos de Londrina e Operário estão bem vivos na memória do torcedor.
Mas o triunfo do time aspirante do Furacão sobre o time titular do Coxa na final do último campeonato poderia ter representado a pá de cal no Estadual.
Entretanto isso não aconteceu.
Antes, pelo contrário, todos os concorrentes parecem muito animados com a possibilidade de obter o único titulo que está, efetivamente, ao alcance das suas mãos.
É impressionante a capacidade de recuperação de ânimo dos envolvidos no processo futebolístico. Eles viram a página com relativa facilidade.
Tanto que o técnico Argel Fucks adiantou que a taça do Paranaense é obrigação para a equipe coxa-branca.
O Paraná reuniu mais uma batelada de jogadores, tipo tarrafa jogada sobre o mercado de segunda linha do futebol brasileiro, e conta com a eficiência de Duda Cavalcanti para recuperar o prestígio depois de uma campanha miserável no ano passado.
Operário, Londrina e até mesmo os aspirantes atleticanos, outra vez representando o clube que esta às voltas com Recopa, Libertadores e outros babados mais importantes, prometem brigar diretamente pelo troféu.
Vamos ver no que vai dar.
Em princípio a competição servirá como laboratório para os principais concorrentes. Claro, sem falar no Furacão que conquistou invejável calendário nesta temporada, teremos três representantes na Série B nacional: Coritiba e Londrina que marcaram passo e não conseguiram subir; o Operário que subiu em grande estilo como campeão das séries D e C, em duas temporadas virtuosas, e o Paraná que conseguiu retornar à Série A, mas não teve fôlego para se manter na principal vitrine do futebol brasileiro e caiu de novo.
E ainda tem a Copa do Brasil superposta aos estaduais.
Tirante a pré-temporada mal feita por todos os clubes diante do péssimo calendário elaborado pela CBF – que não toma jeito mesmo -, temos a garantia de mais uma jornada de correria para os grandes times. Aqueles que disputam todas as principais competições.
Será mais um ano de atropelo pelo excesso de jogos.
Todos os profissionais reclamam do calendário ruim, mas os cartolas não estão nem aí e seguem em frente. Depois dizem que não sabem por que as finanças andam mal, as equipes desagradam os torcedores e até mesmo a seleção brasileira passou a ser vista com olhos rigorosos diante de mais um fracasso em Copa do Mundo.
Bem, de qualquer forma é o que temos para o momento.
Os sonhos e ilusões entram em campo novamente.