Análise

O segredo do Athletico é a espinha dorsal

A vitoriosa trajetória do Athletico nas últimas quatro temporadas – bicampeão da Copa Sul-Americana, campeão da Copa do Brasil e outra vez finalista deste importante torneio – tem provocado o mais variado tipo de reações.

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A começar pela mídia televisiva nacional que certamente
teria outro comportamento se o vitorioso fosse, por exemplo, um Santos ou um
Corinthians que ficaram pelo meio do caminho nesta última edição da Sula.

Como se tratou do Furacão, a repercussão da grande conquista foi relativamente modesta. Mas para nós, paranaenses, e, sobretudo, para a fervorosa torcida atleticana a empolgação foi completa.

Empolgação reforçada, agora, pela divulgação da seleção dos melhores jogadores da competição com cinco jogadores do Athletico. Ou seja, meio time: o goleiro Santos, o zagueiro Thiago Heleno, o volante Léo Cittadini e os atacantes Nikão e Terans.

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O vice Red Bull Bragantino teve três jogadores eleitos pela Conmebol: Artur, Ortiz e Fabrício Bruno. Reforçando a tese que defendo há algum tempo, o segredo do Athletico é a espinha dorsal.

Ou seja, o clube investiu em contratações, revelou alguns jovens
e também cometeu equívocos na formação do elenco, tanto que diversos foram
negociados ou estão no famoso come-e-dorme no CT do Caju.

Paulo Autuori tem demonstrado profunda experiência não só de futebol, o que todos já sabiam e reconheciam pela sua profícua trajetória, mas dos recursos do próprio clube de porte médio que tem se agigantado no concerto futebolístico continental.

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Não é a toa que o “El Paranaense” passou a ser tão conhecido quanto os tradicionais grandes times brasileiros através dos tempos.

Diante das circunstancias técnicas do atual elenco surge
óbvio que não só Paulo Autuori, mas o treinador Alberto Valentim também
percebeu que, apesar de registrar cerca de 35 jogadores em cada campeonato, a
base é uma só.

E exatamente esse núcleo, formado pelos cinco eleitos na seleção sul-americana contando com mais alguns que contribuem mais pelo empenho – como Marcinho, Pedro Henrique, Zé Ivaldo, Nicolas, Christian, Renato Kayzer -, tem garantido o sucesso do grupo inteiro.

Trocando em miúdos: chega a ser surpreendente que um grupo com reduzidas opções de verdadeiros talentos o Furacão tenha alcançado tanto sucesso. Insisto na valorização da espinha dorsal, cuja principal função é proteger a medula e dar sustentação ao corpo humano.

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