Chegamos à final da Copa Libertadores da América, entre Flamengo e Athletico.

Inexplicavelmente a Conmebol programou o jogo para uma cidade do interior equatoriano: Guayaquil.

Só para não perder o poder político os cartolas da Conmebol não ampliam a Libertadores para a rica América do Norte.

Já imaginaram esta final entre rubro-negros brasileiros em Miami?Voltemos à tarde mágica na tórrida Guayaquil.

Em qualquer circunstância, o Flamengo é considerado favorito: grandeza, tradição, retrospecto, elenco, etc.

Porém, o projeto do Athletico desafia o poderoso Flamengo.

Se não tivesse sido planejado há 27 anos, na área técnica, na formação e investimento de jovens valores, construção patrimonial de causar inveja aos concorrentes e de somar tantos títulos de campeão, o Furacão não estaria de novo na decisão da Libertadores.

A visão estratégica do presidente Mario Celso Petraglia funcionou. E só não somou mais conquistas por causa de turbulências políticas.

Dirigentes importantes se afastaram, outros colaboradores também não suportaram o estilo sibilino de Petraglia.

Homem inteligente, determinado e operoso, mas com humor gótico de gosto tíbio. O título de hoje coroaria o eficiente projeto atleticano.

Mas só quando a bola começar a rolar é que poderemos promover, efetivamente, as avaliações. Futebol é assim.

Por mais que se examine os elencos, os treinadores e as condições gerais da partida, às vezes um lance isolado ou algum acontecimento imprevisto muda o rumo. Por isso se chama jogo.

Os pontos fortes do Flamengo são o goleiro Santos, pois o ex-atleticano solucionou um problema crônico do time carioca, e a intensa movimentação do talentoso quadrado com Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e Pedro.

Dorival Junior ajustou o ataque após a lesão do craque Bruno Henrique. Coisas do mundo da bola.

Os pontos fracos são o miolo da zaga e os espaços cedidos aos adversários pelos lados do campo.

Os pontos fortes do Athletico são o goleiro Bento, o trabalho da meia-cancha, se Felipão não inventar na escalação, e os três tenores do ataque, Terans, Vitor Roque e Pablo, como aconteceu na eliminação do Palmeiras no Allianz Parque.

Os pontos fracos são a vulnerável zaga que sofre uma infinidade de gols em bolas altas, os espaços abertos nas laterais e o amplo espaço entre a linha de defesa e o meio de campo.

Que vença quem jogar melhor.