Há um mês ninguém apostava um vintém nas chances do Coritiba no primeiro turno do Campeonato Paranaense.

O time vinha jogando mal, havia sido derrotado pelo aspirante do Atlético no clássico, em pleno Alto da Glória, e apresentado péssimo futebol, em Teresina, pela Copa do Brasil.

Pois não há de ver que tudo mudou durante o “exílio” coxa-branca.

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Fora da capital durante três semanas, enfrentando desafios improváveis em Londrina, Toledo, Foz do Iguaçu e Uberlândia o grupo uniu-se, superou-se e voltou encorpado para enfrentar o esforçado Rio Branco na final do primeiro turno.

Os triunfos fora de casa, tanto pelo estadual quanto pela Copa do Brasil, estreitaram as relações entre os profissionais e fortaleceram o treinador Sandro Foner. Foi um trabalho mais psicológico do que propriamente técnico e tático, pois nesta parte os jogadores estão bem servidos. Faltava proposta definida para ser defendida e confiança coletiva.

As propostas do jovem técnico foram entendidas, os novos jogadores se soltaram e os antigos resolveram dar um pouco mais de esforço para ajudar na recomposição da equipe. Pode ser coisa momentânea, é verdade, mas para a torcida foi importante poder comemorar a conquista da taça Dioniso Filho após a goleada de 3 a 0 sobre o Rio Branco. O mesmo Rio Branco que segurou o temível aspirante do Atlético e o eliminou nas penalidades máximas.

A taça Dionísio Filho ficou em boas mãos.

Justa homenagem prestada pela Federação Paranaense de Futebol a um profissional exemplar. Tive o privilégio de conviver com Antonio Dionísio Filho, tanto como atleta de Atlético, Coritiba e Pinheiros, como treinador na base do Paraná e, posteriormente, comentarista de rádio e televisão.

Foi um dos amigos mais queridos com os quais convivi nessa já longa caminhada na vida.

Raciocínio rápido; sempre bem humorado; explosivo quando a situação pedia; prestativo; dedicado a família, aos amigos e as pessoas que o procuravam tanto na rua como no serviço, Dionga foi um homem de bem.

Pena que tenha nos deixado tão rápido, de repente, no auge da vida, e como muito a oferecer neste mundo que vai ficando cada vez mais sem graça.

A taça Dionísio Filho representa singela reverência a um ser humano tão grandioso e que certamente enriquecerá ainda mais a vasta galeria de troféus do centenário Coritiba.

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