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Morreu Maradona: maior do que Messi, menor do que Pelé

Por
Carneiro Neto
25/11/2020 20:54 - Atualizado: 29/09/2023 23:09
Messi posta foto com Maradona para se despedir. Os dois são os grandes nomes do futebol argentino.
Messi posta foto com Maradona para se despedir. Os dois são os grandes nomes do futebol argentino. | Foto: Reprodução/Instagram

Após uma vida agitadíssima, tanto dentro quanto fora dos campos de futebol, o deus argentino da bola, Diego Armando Maradona morreu aos 60 anos de idade.

O mundo futebolístico chora a perda do grande ídolo e
espetacular malabarista da bola.

No filme faroeste “O homem que matou o facínora” o
personagem de John Wayne foi quem realmente matou o pistoleiro Liberty Valance,
interpretado por Lee Marvin. Mas quem levou a fama foi o advogado Ramson
Stoddard, vivido pelo ator James Stewart.

Com o crédito por livrar a cidade de um fora da lei
desumano, o herói seguiu carreira política com sucesso.

Tudo porque, mesmo confessando a história para o jornalista
da cidade, o então Senador Stoddard teve de curvar-se ao argumento de que se a
lenda for melhor que a verdade, é melhor ficar com a lenda.

Ouvindo a notícia da morte de Maradona e conhecendo a sua história, cheguei à conclusão de que é melhor ficarmos com a lenda do que com a vida privada do ídolo inesquecível.

A lenda de Maradona é melhor do que a sua conturbada vida
cheia de drogas, punições, problemas com mulheres, estranhas amizades com
ditadores latino-americanos comunistas ou a sua inexpressiva tentativa de tornar-se
técnico de futebol.

Fiquemos com o craque eterno em nossa memória.

Maradona foi maior do que Messi, mas menor do que Pelé.

Explico: Messi é um supercraque no Barcelona, eleito várias vezes o melhor jogador do planeta, campeoníssimo pelo time catalão, mas sempre uma decepção na seleção argentina.

Falta-lhe carisma e personalidade para carregar o time
nacional nas costas como fez Maradona, o grande responsável pela conquista do
título mundial de 1986, na Copa do México.

Levou a Argentina à final do Mundial de 1990, na Itália, e mesmo derrotado pela Alemanha, todos reconheceram a arte, o esforço e a liderança do menino nascido no bairro de Lanús, na grande Buenos Aires.

Humilhado ao ser flagrado pela comissão antidoping na Copa
de 1994, nos Estados Unidos, iniciou a dolorosa decadência até os últimos jogos
em defesa do seu querido Boca Juniors.

Por que Maradona foi menor do que Pelé ?

Por tudo, afinal o craque brasileiro era ambidestro, exímio cabeceador, driblador, fisicamente bem dotado, marcou 1.300 gols, ganhou três Copas do Mundo pela seleção brasileira e um rosário de outros títulos pela equipe nacional e pelo seu adorado Santos.

Toneladas de tinta já foram derramadas nas análises das
características pessoais e estilísticas dos dois maiores gênios que o futebol
produziu. Fico com o brasileiro.

Pelos seus impressionantes números na carreira, pelo estilo de jogo e pelo comportamento mais discreto ao sair da ribalta do futebol.

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