Nos tempos do futebol paranaense semiprofissional alguns jogadores se destacaram pela arte e habilidade de praticar o empolgante jogo. Um deles foi o curitibano Almir Carlos Manzochi, que faleceu, ontem, aos 90 anos de idade.

Ponta de lança e artilheiro, Almir jogou ao lado de personagens antológicos da história do Coritiba, tais como Hamilton, Fedato, Carazzai, Bequinha, Nico, Guimarães, China, Oda, Ivo, Duílio e tantos mais que deram grandes alegrias ao torcedor.

Com Almir, elenco do Coritiba campeão estadual em 1956. Foto: Arquivo

Craque como poucos, celebrizou-se por passagens curiosas, por exemplo, com outro fenômeno: Miltinho.

Durante partida decisiva com o Operário, no então estádio Belfort Duarte, o zagueiro Gabriel, do time de Ponta Grossa, tentou driblar Militinho, mas perdeu o domínio e o craque coxa-branca sentou na bola. Gabriel veio com tudo para tomar-lhe a bola, mas ele levantou, deu um chapéu no adversário e passou para Almir que se encaminhou em direção ao gol.

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Em outra ocasião, clássico Atletiba, na antiga Baixada, arremesso manual que Almir cobrou para Ivo – o famoso Cavalo de Pau – o qual dominou a bola no peito e esperou para colar no corpo do companheiro e rumar para a grande área adversária evitando a chegada dos zagueiros atleticanos por uns 15 metros.

Até que o volante Tocafundo resolveu esparramar os dois no gramado. O estádio Joaquim Américo inteiro não conseguiu conter os sorrisos. Cinco vezes campeão, morreu Almir, ídolo do Coxa na década de 1950.

Foi o tempo do presidente Aryon Cornelsen e do técnico uruguaio Felix Magno, que deixaram suas marcas no futebol paranaense.

Formado em odontologia, Almir exerceu a profissão durante décadas após ter abandonado o futebol profissionalmente, já que continuou disputando peladas nos diversos campos da cidade.

Velório na Vaticano.