Pelo grupo de jogadores que possui, o Athletico não deveria ter sofrido tanta pressão do Cascavel como aconteceu na primeira partida final do Campeonato Paranaense.

Acontece que Paulo Turra simplesmente segue a cartilha pouco criativa de Felipão e o time repete os mesmos erros – como a já tradicional falha da linha de zagueiros nos escanteios que acabam resultando em gols dos adversários – e, sobretudo, a falta de inspiração do meio de campo na criação de situações para a marcação do gol.

Outra coisinha que incomoda o torcedor é a inexplicável ausência do craque Vitor Roque como titular. O treinador poderia argumentar que não pode escalar dois avantes – Pablo, artilheiro da temporada, e o fenômeno Vitor Roque -.

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A meu juízo pode escalar os dois juntos sim, pois Pablo sabe jogar como ponta-de-lança e o ataque ficaria muito mais eficiente do que insistir com o irregular Canobbio.

Os goleiros Bento e André Luiz trabalharam bastante e não conseguiram evitar os gols de Lucas Batatinha, na bisonha falha da defesa atleticana, e de Erick que cabeceou bem para empatar o jogo.

Sem força na meia cancha o Furacão submeteu-se ao amplo domínio da Cobra na etapa complementar e por pouco não perdeu a invencibilidade na bola que acertou o travessão da meta de Bento.

Em seguida, por pura obra do destino, César Morais colocou a mão na bola dentro da grande área e a penalidade máxima foi bem caracterizada pela arbitragem.

Vitor Roque, que havia saído do banco de reservas para tentar salvar a lavoura, cobrou o pênalti com personalidade e categoria garantindo o triunfo atleticano. Triunfo injusto, afinal o Cascavel fez por merecer pelo menos o empate.

A expectativa, agora, é saber como o Athletico se comportará, tática e tecnicamente, na sua estreia na Copa Libertadores da América, em Lima, no Peru.