Opinião

Montanhas de dinheiro e escassez de profissionais competentes no futebol brasileiro

Por
Carneiro Neto
06/10/2023 10:18 - Atualizado: 06/10/2023 10:25
Montanhas de dinheiro e escassez de profissionais competentes no futebol brasileiro
| Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes

Com patrocínios milionários, direitos de transmissão dos jogos bem vendidos, transações supervalorizadas no mercado mundial, dirigentes, empresários, jogadores e treinadores enriquecendo como jamais aconteceu, estádios cheios, ingressos caros e torcidas em ebulição, todos observam montanhas de dinheiro e escassez de profissionais competentes no futebol brasileiro.

Tornou-se muito difícil encontrar pessoas capacitadas para administrar o departamento de futebol dos enriquecidos grandes clubes. São CEO's, coachs, heads e outros bichos que mais parecem principiantes pelas bobagens que fazem com a grana dos investidores.

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Também ficou bem complicado achar técnicos preparados para os principais times do país no mercado nacional. E, pelo jeito, a importação de portugueses minguou. Basta observar o fracasso dos dois clubes mais ricos e mais vitoriosos nas últimas temporadas: Flamengo e Palmeiras.

Com gasto menor, mas contando com profissionais mais inspirados, dentro e fora de campo, Botafogo, São Paulo, Fluminense e Fortaleza surgem como os principais destaques da temporada.

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O trabalho realizado pelos gestores do Fortaleza é fantástico, pois há seis anos a equipe estava na Série C e hoje é finalista da Copa Sul-Americana, além de cumprir boas campanhas na Série A do Brasileirão.

Sem planejamento, com cartolas vaidosos e medíocres pressionados pela mídia e pelos torcedores, a dança dos técnicos continua animada. Nos últimos dias, três novos comandantes foram anunciados: Mano Menezes no Corinthians, Lucio Flávio no Botafogo e Tite no Flamengo.

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Por aqui, nos saldos e retalhos do clássico Atletiba, o Coritiba tentará aproveitar os efeitos positivos da vitória para engrenar campanha de reabilitação, com o objetivo de evitar novo rebaixamento.

Terá três partidas que podem virar a chave: uma fora, com o Galo, e duas em casa, com Cuiabá e Palmeiras.

O Athletico continua muito eficiente em negócios fora de campo, mas dentro das quatro linhas apresenta um time irregular, com alguns jogadores desmotivados e campanhas decepcionantes, apesar do grande investimento realizado.

Restou a luta por uma vaga direta na Copa Libertadores da América no ano do centenário do Furacão.

Carneiro & Mafuz: Assista ao episódio na íntegra

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