Sim, o brasileiro Otto Glória comandou a seleção portuguesa na Copa do Mundo de 1966 e terminou em terceiro lugar nos gramados da Inglaterra. Outro brasileiro, Felipão, foi vice-campeão da Euro com a seleção portuguesa em 2004, e na Copa do Mundo de 2006 terminou em quarto lugar nos gramados da Alemanha.
Com a crise técnica da seleção brasileira – que não vence um Mundial há 21 anos em cinco edições –, caiu verticalmente o prestígio dos treinadores nacionais. Com a pouca criatividade das novas gerações de técnicos nacionais, também nos clubes o prestígio da maioria ficou abalado.
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Os times brasileiros experimentaram nas últimas temporadas treinadores argentinos, uruguaios, colombianos, mas, sobretudo, portugueses. A febre de técnicos portugueses no futebol brasileiro impressiona.
Do bem sucedido Jorge Jesus, na direção do Flamengo, passando pelo fraco Paulo Sousa e a bordo de Vítor Pereira, que realizou bom trabalho no Corinthians, mas se encontra muito pressionado na equipe carioca.
Se continuar insistindo com David Luiz na zaga, é capaz de ele não durar muito tempo no comando do Flamengo. Nenhum deles decepcionou tanto quanto Jesualdo Ferreira em sua breve passagem pelo Santos.
Auto suficiente, histriônico e até mesmo exibido, os profissionais lusitanos continuam na moda. É o caso de Luis Castro, no Botafogo, e Pedro Caixinha, no Red Bull Bragantino.
O jovem António Oliveira inicia a sua atuação no Coritiba, mas já ganhou fama de reclamar demais da arbitragem. Nada como o vencedor Abel Ferreira no Palmeiras, que se tornou um personagem de si mesmo.
Inteligente e preparado para desempenhar a função, tanto que conquistou todos os títulos no Verdão paulista, tem se caracterizado como reclamão e profundamente indisciplinado.
Coisa de gênio, asseguram seus fãs. Mas, se fosse um pouco mais contido, Abel Ferreira cairia como uma luva no trabalho de recuperação da alquebrada seleção brasileira.