Falta intensidade à seleção brasileira e capacidade à arbitragem
Foi uma quinta-feira das mais movimentadas no futebol brasileiro.
Iniciou com a maioria absoluta dos sócios do Athletico autorizando o presidente Mario Celso Petraglia a tornar o clube esportivo em sociedade anônima; passou pela vitória do Flamengo sobre o Bahia com grave erro da arbitragem e, por incrível que pareça, também do VAR, e encerrou com a confirmação da classificação da seleção brasileira para a Copa do Mundo no Catar.
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Quanto à decisão atleticana de transformar o clube em empresa, trata-se de assunto interno e de exclusivo interesse dos associados.
Portanto, não cabe nenhum tipo de análise, pois todos os alertas foram emitidos antecipadamente diante da oportunística convocação: pouco antes de duas decisões importantes do time, nas Copas Sul-Americana e do Brasil.
O árbitro Elmo Resende agiu como a maioria tem feito nos últimos tempos: transferir a responsabilidade de lances capitais para a cabine do VAR. E os árbitros do VAR, que dispõe da mais moderna tecnologia, conseguem se equivocar de forma bisonha, revelando o completo despreparo dessa gente bronzeada.
O que importa é que, claramente, a bola bateu no ombro do jogador Conti, do Bahia. Portanto, o pênalti para o Flamengo foi inventado pela desmoralizada arbitragem brasileira.
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O mesmo Flamengo que foi tremendamente prejudicado pela arbitragem no empate com a Chapecoense.
Brasil vai para a Copa, mas sem empolgar
O time nacional assegurou a classificação para o Mundial do próximo ano ao vencer a Colômbia, em São Paulo.
Mas falta intensidade a seleção brasileira. O time de Tite simplesmente não mostra ritmo para empolgar o torcedor.
Nem mesmo a maioria que atua em clubes europeus consegue jogar com mais aplicação e, sobretudo, demonstrar condições de superar os últimos campeões mundiais no confronto direto.
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Ou, no momento, Itália, Espanha, Alemanha e França não estão apresentando melhor futebol do que o Brasil?
Temos alguns destaques individuais, sem dúvida, como Marquinhos, Casemiro, Lucas Paquetá e, dependendo do humor, Neymar. Também contamos com algumas revelações interessantes como Raphinha, Antony, Vinicius Junior e mais alguns.
Entretanto, para conquistar o sonhado hexacampeonato há um longo caminho a ser percorrido.
Além dos vinte anos de espera, a equipe não revela autoridade técnica à altura dos principais adversários que estão disputando o mesmo objetivo em gramados europeus.
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As eliminatórias sul-americanas não valem como teste de qualidade pela fragilidade da maioria das seleções do nosso subcontinente.
Mas não se deve depositar exclusivamente na conta do treinador o mediano padrão de jogo do selecionado, que não conta mais com os super craques que nos conduziram aos cinco títulos inesquecíveis que ainda distinguem, historicamente, o futebol brasileiro dos demais.
Tite faz o que pode diante dos recursos humanos colocados à sua disposição.
É o que temos para hoje.
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