Por que as torcidas de Atlético, Coritiba e Paraná estão desoladas?

Na atual conjuntura do futebol brasileiro chama a atenção o descontrole da maioria dos dirigentes no trato com os profissionais.

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Verifica-se verdadeira escalada de mudança dos treinadores com o Campeonato Brasileiro e os torneios nacionais e internacionais paralelos em andamento. É uma flagrante demonstração da indigência no planejamento do mais importante setor de todos os clubes de futebol.

TABELA: jogos e classificação da Série A

TABELA: jogos e classificação da Série B

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São convulsões prejudiciais dos cartolas contra as suas próprias equipes. É considerável o número de técnicos demitidos em curto tempo de trabalho, não raro de forma irrefletida.

Inicialmente os cartolas resolveram apostar em novos talentos, como Rogério Ceni, Roger, Eduardo Baptista, Pachequinho e outros que já estão desempregados.

Zé Ricardo se segura no comando do Flamengo, mas tem sido incessantemente cobrado pela torcida que não perdoou a eliminação prematura do seu caro elenco na Libertadores.

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Jair Ventura e Fábio Carille são os mais bem sucedidos da nova geração.

Com um elenco reduzido e sem estrelas o Botafogo de Jair Ventura tem surpreendido agradavelmente os seus torcedores.

Fábio Carille conseguiu realizar uma façanha cada vez mais rara e difícil no tumultuado e incoerente futebol brasileiro: montou um time equilibrado, determinado e altamente competitivo. Líder disparado do campeonato, próximo de recordes de invencibilidade, o Corinthians é o maior sucesso da temporada.

Ambos nada mais fizeram do que montar bons times num desses momentos felizes em que se pode misturar a chamada prata da casa com quatro ou cinco jogadores mais experientes que vêm de fora e se encaixam harmoniosamente no figurino.

Na maioria dos clubes, entretanto, o que se observa é o desvario dos diretores que só sabem vender os melhores jogadores, desmanchar o time, torná-lo medíocre outra vez e provocar a ira nos torcedores.

As transações dos jogadores devem ser ótimas para os envolvidos na negociação, mas não servem sequer para restabelecer as finanças dos clubes. Todos continuam dependentes das verbas pagas pela televisão, dos patrocinadores ou do que conseguem arrecadar com a mensalidade dos sócios.

O futebol, como se sabe, é um verdadeiro saco sem fundo.

Tudo isso concorre para a confirmação daquele slogan que alguém criou para debochar do Flamengo: “Craque o Flamengo faz em casa – e depois vende pros outros”.

Aqui, apenas o Londrina mantém a mesma estrutura e a há seis anos está com o mesmo treinador, Claudio Tencatti.

Enquanto isso, o passatempo preferido dos dirigentes dos três times da capital tem sido o constante troca-troca de técnicos e o entra-e-sai de jogadores meia-sola.

Por isso, as torcidas de Atlético, Coritiba e Paraná andam desoladas.

 

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