Clube-empresa é um avanço, mas não a salvação
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a lei que permite aos clubes a criação de sociedades anônimas do futebol.
Como se sabe, trata-se de antigo anseio da quase totalidade dos clubes profissionais de futebol. Algo inevitável diante da globalização e, sobretudo, do sucesso alcançado pelos clubes europeus que se tornaram empresas há muito tempo.
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A lei estabelece normas de gestão, controle e transparência para
a devida adequação dos interessados.
Clube-empresa é um avanço, mas não significa a salvação de todos os times mal comandados através dos tempos por dirigentes incapazes, amadores ou com interesses escusos.
Tem de tudo um pouco e, obviamente, o futebol brasileiro ainda está a léguas de distância da modernidade que caracteriza a grande maioria dos clubes europeus, asiáticos ou mesmo do mundo árabe.
Cada um tem o seu perfil, que deve ser adaptado a médio prazo dentro dos conformes da lei sancionada.
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Um dos pontos positivos é a possibilidade de atração de investimentos que é o melhor caminho para uma verdadeira profissionalização. Só que o mercado é como o dinheiro: não aguenta desaforo.
Quem não tiver competência corre o sério risco de não sobreviver. Ou, por outra, uma má administração pode levar o clube à falência e até mesmo fechar as portas.
Acabou o amadorismo e a tradicional paixão clubística que assinalou o passado e o presente de dezenas de clubes do nosso esporte mais popular. Todos terão de pagar impostos, podem entrar no mercado
acionário e outras novidades que certamente irão revirar a gestão futebolística
nacional do lado do avesso.
Mãos à obra, senhores cartolas e cartoletes do debilitado futebol brasileiro.
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