A grande viagem, a despedida do jornal impresso

Para quem tem o privilégio de escrever há 33 anos nesta Gazeta do Povo é impossível conter a emoção.

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Por mais que saibamos da evolução tecnológica inevitável e de que continuaremos o nosso contato com os leitores através do site, a despedida da edição impressa é tocante para os velhos jornalistas.

Não só pelo fato histórico que representa a data, mas pelas lembranças de tudo o que se passou na redação.

Certa feita, um grupo de estudantes de jornalismo pediu-me para tentar explicar as sensações provocadas pela profissão na minha vida.
Respondi que me sentia viajando em um trem, puxado pela máquina maria fumaça, passando pelas estações e absorvendo todos os instantes da vida.

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A grande viagem da vida é uma aventura extraordinária com passagens rápidas ou demoradas por cada situação, dependendo da motivação dos acontecimentos.

O trem da vida vai passando por estações felizes, outras nem tanto; dificuldades naturais, conquistas importantes; momentos que ficam gravados nas retinas ou no coração, outros que preferimos esquecer rapidamente.
Na longa marcha conhecemos pessoas boas, simpáticas, simples ou convivemos com indivíduos desagradáveis, antipáticos e que devem ser deletados da nossa memória.

No rádio e na televisão o som e a imagem obedecem uma lógica onde quase tudo se transforma em espetáculo. A informação eletrônica propicia muitas situações, mas é passageira. O som e a imagem fazem os acontecimentos aparecerem e desaparecerem com a mesma velocidade.
A escrita do jornal apresenta a notícia como uma ideia. Conta o que aconteceu, provoca a reflexão de quem leu e fica documentada.

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Os jornalistas precisam se adaptar ao formato do rádio, da televisão, do jornal e, agora, das modernas plataformas criadas pela internet. É o fantástico mundo novo.

O trem da minha imaginação segue passando pelas estações. A grande viagem continua, até chegar na última parada.

Jogos da Copa do Brasil

Atlético e Paraná entram em campo para descobrir se seguem em frente na Copa do Brasil.
Recebendo o Santa Cruz, com quem empatou sem gols na primeira partida, o Furacão necessita vencer para continuar. O empate beneficia a equipe pernambucana.

Eduardo Baptista conseguiu injetar sangue novo nas veias dos experientes jogadores mesclados aos jovens do atual elenco atleticano. Olhando para os testes vencidos na Libertadores, a confiança na classificação é grande.

O Galo recebe no seu terreiro o Tricolor com todo cuidado, afinal foi surpreendido pela Ponte Preta que quase repetiu o Fluminense nos desafios do Brasileiro que mal começou.

O Paraná precisa ser ambicioso para voltar com a vaga.

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