A maioria reclama que o futebol da série A do Brasileirão está feio. Mas é preciso recordar que o futebol apresentado na Copa do Mundo da Rússia também deixou a desejar.
Mesmo a recente vitória da seleção brasileira sobre a Argentina sem Messi, em jogo amistoso na Arábia Saudita, esteve longe de agradar. Até, pelo contrário, o time de Tite ganhou na “gata”, com gol salvador do paranaense Miranda no último instante do clássico sul-americano.
O excessivo individualismo de Neymar e a insistência de Tite em torná-lo o centro das atenções, está atrapalhando jovens talentosos como Arthur, Richarlyson, Firmino e outros que pedem passagem.
Mas voltemos ao Brasileirão no qual cabeças coroadas estão no rebolo da luta para fugir do rebaixamento.
Do Corinthians, com 35 pontos até os dois primeiros que se encontram na zona de perigo – Ceará e Chapecoense com 31 pontos – observa-se verdadeira briga de foice no escuro. Os tradicionais cariocas Botafogo e Vasco também estão na dramática liça.
Os outros dois na zona da degola são o Sport com 27 pontos e o Paraná, praticamente rebaixado, com apenas 17. E a rodada promete fortes emoções com o confronto direto entre times envolvidos no drama que se desenvolve na parte de baixo da classificação.
Vitória e Corinthians se enfrentam em Salvador, Botafogo e Bahia no Rio de Janeiro e Sport e Vasco no Recife.
Atual campeão brasileiro o Corinthians vem decepcionando a sua enorme torcida nesta temporada. Foi derrotado pelo Cruzeiro nas finais da Copa do Brasil e se encontra em posição delicada na série A nacional.
Na luta pelo título o Palmeiras recuperou-se sob o comando de Felipão, assumiu a liderança e está com pinta de que não vai deixar a taça escapar. Internacional e Flamengo, com campanhas irregulares, ainda alimentam sonhos de conquista.
O São Paulo baixou a rotação com atuações pífias, perdeu a liderança e está se resignando na tentativa de garantir uma vaga direta na Copa Libertadores da América.
Poucas revelações interessantes e elas nem bem surgem e já vão embora para o futebol europeu. O próximo da lista é Paquetá, do Flamengo. Lembrando que Pedro, do Fluminense só não foi negociado por conta de uma lesão sofrida recentemente.
O padrão da arbitragem brasileira permanece sofrível. Mas, apesar de tudo isso, as modernas arenas e os antigos estádios estão sempre lotados. Instigante exceção é a Arena da Baixada.
O Atlético-PR perdeu mais da metade dos associados pela pouca flexibilidade do modelo biométrico adotado. Além das desavenças da diretoria com as torcidas organizadas e a estrambólica iniciativa de proibir a entrada de torcedores vestidos com a camisa dos times visitantes.
Anda faltando reciclagem histórica e bom senso para que a multidão e a alegria original voltem aos jogos na Arena da Baixada.
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