Com triunfos marcantes, Atlético e Coritiba conseguiram acalmar os seus torcedores.
Com campanha irregular e mais próxima dos últimos colocados do que dos primeiros, a dupla Atletiba alivia a pressão pelo menos até a rodada que encerra a primeira parte do campeonato.
Na goleada sobre o Avaí as falhas cometidas pelo adversário facilitaram a vida do time de Fabiano Soares, mas o “Gajo” trabalhou bem e deve ter recebido com satisfação os reforços de Pavez, Lucas Fernandes e Ribamar que se movimentaram bem ao lado dos eficientes Matheus Rossetto e Nikão. Guilherme reapareceu marcando dois gols com raro oportunismo.
A retaguarda não se comprometeu porque não foi pressionada pelo ataque catarinense.
Com a goleada até as desavenças entre dirigentes e torcidas institucionalizadas foram esquecidas.
Coritiba iluminado
Quando a rádio CBN anunciou que, pela venda antecipada de ingressos, o jogo entre São Paulo e Coritiba teria o público recorde do campeonato, comentei que uma bela manchete no dia seguinte seria esta: Coritiba calou o Morumbi lotado!
E foi o que aconteceu graças ao baixo rendimento técnico do confuso tricolor paulista e o Coxa iluminado, ligado e jogando com alma para sair do atoleiro em que se meteu.
Mesmo tendo de improvisar na zaga e não podendo contar com jogadores importantes do meio para a frente, pelo mais variado concurso de acontecimentos, Marcelo Oliveira tratou de explorar as deficiências do rival. E se deu bem em jornada inspirada de Rildo e, sobretudo, do goleiro Wilson que, rigorosamente, fechou o gol alviverde.
Agora é apostar no apoio da torcida e fechar o turno com uma vitória sobre a Chapecoense.
Efeito Lisca no Paraná
Quem tem acompanhado o suplício do Paraná na sua tentativa de voltar a Série A deve reconhecer que os novos ventos que sopram sobre a Vila Capanema são animadores.
E tudo tem a ver com a contratação do novo treinador que revolucionou as relações cotidianas com os jogadores ao ponto de a equipe mostrar um futebol que não se via há muito tempo no território paranista.
É o efeito Lisca. Homem simples, experimentado nos árduos caminhos do futebol, agregador, sem invencionices, conseguiu motivar os jogadores e colocar na cabeça de cada um que unidos podem alcançar o objetivo final.
Sem amarras de estilo ou preocupações com a própria imagem, Lisca é um simplório inteligente que sabe manipular tanto a mídia quanto os seus comandados.
Virou ponto de referencia do novo Paraná com um modo desafiador de preparar o time, formas ousadas de encarar os adversários e sem medo de correr riscos.
Não é a toa que a Vila Capanema voltou a lotar de novo.