As torcidas de Atlético e Coritiba passaram a semana alimentando a esperança de triunfos na penúltima rodada para mudar o panorama.
Mas a dupla Atletiba caprichou para decepcionar inteiramente com atuações medíocres e derrotas incontestáveis.
No Alto da Glória o São Paulo começou melhor, pressionando e obrigando o goleiro Wilson a praticar defesas importantes. Aos poucos, contudo, mesmo em nome de uma técnica inferior, o Coxa conseguiu reagir e criou algumas situações de perigo.
Abriu a contagem ao ser beneficiado por um erro grave da arbitragem que enxergou pênalti contra o São Paulo no lance em que Thiago Real bateu na bola com a mão. Os paulistas reclamaram, mas o árbitro confirmou o seu equivoco grosseiro tanto quanto o auxiliar na linha de fundo. Wilson bateu com classe e fez o gol.
Na etapa complementar, bem distribuído em campo e contando com melhores jogadores no plano individual, o São Paulo virou o escore com dois gols de cabeça: Eder Militão e Galdezani contra.
No desespero, o time de Marcelo Oliveira tentou alcançar pelo menos o empate, mas acabou mesmo abatido diante da torcida perplexa e angustiada com a má campanha.
Agora o Coritiba terá de vencer a Chapecoense para livrar-se do rebaixamento na luta tenaz contra Vitória, Sport e Avaí.
UM TIME SEM PERSONALIDADE
O Avaí entrou em campo preocupado com o fantasma do rebaixamento, porém jogou com garra e muita disposição. O Atlético, ao contrário, jogou de forma burocrática, como se não tivesse mais nenhum objetivo na competição, sem ambição e, sobretudo, sem personalidade para impor-se ao adversário tecnicamente inferior.
O Furacão não mostrou nada no primeiro tempo e mereceu sair perdendo por 1 a 0 com gol marcado pelo veterano Maicon.
Na etapa complementar a equipe tentou esboçar uma reação, contudo sem organização estratégica, sem capacidade individual de algum jogador iluminado, apenas uma correria inconsequente. Ainda assim teve uma penalidade máxima a seu favor. O desengonçado ala esquerdo Fabrício cobrou de maneira bisonha sobre a baliza.
Inconcebível a forma como o comando atleticano utiliza o meia atacante Felipe Gedoz, disparado o jogador mais talentoso do elenco, tanto com a bola em jogo quanto nas cobranças de falta e pênalti.
Outra vez ele foi desprezado pelo estranho treinador Fabiano Soares e só entrou em campo na parte final da melancólica exibição em Florianópolis.
DESPEDIDA APOTEÓTICA DO PARANÁ
Cerca de 40 mil pessoas compareceram ao Alto da Glória para comemorar o acesso do Paraná a Primeira Divisão do futebol brasileiro.
Foram longos dez anos na fila, com amargura, sofrimento e esperança interrompida até que se materializou a sonhada volta a principal vitrine do futebol nacional.
O goleiro Marcos, com uma carreira exemplar no Paraná e em clubes do exterior, jogou pela última vez e anunciou o encerramento da sua gloriosa carreira profissional. Trata-se de uma figura emblemática na história do clube, ídolo da torcida e que deve continuar emprestando a sua colaboração transmitindo experiência e conhecimento aos goleiros das categorias de base do Tricolor.
O sofrido empate com o Boa veio no final, através de um gol de Robson, que também teve um gol mal anulado pelo bandeirinha no primeiro tempo: ele estava na mesma linha da zaga adversária, portanto sem impedimento.
Mas foi apenas um detalhe na tarde festiva da despedida apoteótica do Paraná na série B.
Leia mais