Athletico x Toledo | Final inusitada do pobre Paranaense
O Athletico jamais decidiu um campeonato estadual com time do interior.
Logo ele que se sagrou campeão brasileiro derrotando duas vezes um representante do interior paulista, o São Caetano.
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Basta correr os olhos pela história dos campeonatos paranaenses para verificar que os maiores campeões decidiram, em algum momento, com adversários do interior.
Menos o Furacão que só chegou a finalíssima, através dos tempos, com equipes da capital.
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Pois, agora, está na antecâmara do confronto com o improvável Toledo que, por sua vez, chega a uma decisão de título inédita.
Tudo isso tem muito a ver com o sofrível nível técnico do futebol paranaense nesta temporada. Ou talvez estejamos simplesmente contemplando a repetição do que se passou no ano passado quando o time aspirante do Athletico superou o Coritiba e tornou-se campeão.
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Não se trata de alimentar um clima de malhação geral que assola o futebol paranaense.
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Apenas a dura constatação de que a coisa anda tão esquisita que, neste domingo, confirmando o seu amplo favoritismo, apesar do tropeço sofrido em Toledo, o time aspirante atleticano ficará com o bicampeonato.
É motivo para uma análise mais profunda dos rivais ou não ?
Será que os principais times locais estão fazendo a sua parte direitinho ?
Os tempos têm sido tão estranhos que o Coritiba, o maior colecionador de títulos estaduais, perdeu o troféu Barcimio Sicupira Junior – equivalente ao primeiro turno – na série de pênaltis com o atrevido Toledo.
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Na tentativa de ficar com o troféu Dirceu Krüger – equivalente ao segundo turno – o Coritiba voltou a perder nas penalidades máximas. Daí para os aspirantes atleticanos.
Bem, talvez o caso de Coritiba, Paraná, Londrina e Operário, que se saíram mal no campeonato que se encerra, seja mesmo a promoção de um detalhado diagnóstico de causa e efeito. Como se sabe, sem diagnóstico não há prognóstico e sem prognóstico não há lucro.
O único que tem lucrado, ultimamente, é o Athletico.
O clube da Baixada reestruturou-se, consolidou invejável patrimônio e partiu para as conquistas no campo de jogo.
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Ganhou taças e troféus, além de um calendário repleto de atrações e muito dinheiro até o final desta temporada.
A torcida anda feliz da vida e promete comparecer em grande número a Arena da Baixada neste domingo.
Ela conta, evidentemente, com ampla recuperação da equipe dirigida por Rafael Guanaes, confirmando o seu favoritismo na busca do bi.
Mas não dá para ser campeão desperdiçando chances bisonhas de fazer gol, com marcação frouxa nas bolas altas e o goleiro pregado embaixo da trave.
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A cartilha recomenda que, em bolas cruzadas, o goleiro deve antecipar-se aos adversários usando as mãos, a sua maior vantagem sobre os demais jogadores e aditivo natural para salvaguardar a meta.
O Toledo achou um gol no último minuto jogando em casa e certamente tentará complicar o projeto do adversário promovendo um super anel defensivo.
Uma final inusitada para um campeonato pobre da primeira a última rodada.
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