Depois de muitas trapalhadas da diretoria nos primeiros meses do ano, com troca-trocas na comissão técnica – dois treinadores dispensados em cinco meses: Alberto Valentim e Fábio Carille – e algumas contratações discutíveis, o Athletico encontrou o caminho ao trazer o experiente Felipão como novo comandante.
Usando e abusando da sua vivência no futebol e da liderança que sempre soube exercer por onde passou em sua longa carreira, Felipão recuperou a confiança do elenco e colocou em prática as suas concepções de jogo.
Alternou boas apresentações com outras menos inspiradas, mas com regularidade e uma substancial invencibilidade.
O mais importante, a meu ver, tem sido o apoio aos mais jovens que se mostravam inseguros, como Khellven, Christian, Abner e até mesmo o tarimbado atacante Pablo, que ganhou um senhor prestígio do treinador e passou a jogar melhor e, mais importante, a fazer gols.
Justiça seja feita a essa mesma diretoria que acertou em cheio nas contratações de Hugo Moura e do jovem avante Vitor Roque. Alguns, como Cannobio, Cuello e outros, ainda precisam mostrar mais serviço para uma avaliação precisa.
Mas o importante é que os resultados surgiram e o Furacão aparece na terceira colocação do Campeonato Brasileiro; deu grande passo para a próxima fase da Copa do Brasil ao derrotar o Bahia, em Salvador, e pode encaminhar a classificação na Libertadores se vencer o Libertad, na Arena da Baixada.
O Athletico pode fechar hoje um mês perfeito.