Análise

O intrigante e bem sucedido sistema de jogo do Athletico

Antonio Oliveira no comando do Athletico.

Com dinheiro em caixa, graças as negociações realizadas com grandes revelações no CT do Caju e contratações pontuais bem sucedidas, o Athletico tem sido um sucesso nas últimas temporadas.

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Tricampeão paranaense com tudo para chegar ao inédito tetra,
campeão da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil, com freqüência permanente
nos torneios nacionais e continentais, o torcedor atleticano anda de bem com a
vida.

Mas alguma coisa ainda mantém a torcida em suspense quando o time entra em campo e a bola começa a rolar.

+ Veja a tabela do Campeonato Paranaense

É a dificuldade para a marcação de gols. O Furacão se
especializou em se mostrar fortalecido na defesa – suficiente para conter o
ímpeto ofensivo dos adversários -, confuso no meio de campo e com os atacantes
desperdiçando inúmeras oportunidades de gol a cada partida.

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Por isso, e só por isso, tanto o supervisor Paulo Autuori e
o treinador Antonio Oliveira continuam provocando indagações.

O intrigante e bem sucedido sistema de jogo do Athletico é diferente de todos os demais concorrentes da série A do Campeonato Brasileiro. Ou mesmo da Copa do Brasil, da Copa Sul-Americana e do Campeonato Paranaense.

+ Confira a tabela do Brasileirão

Nenhuma equipe possui o desenho tático atleticano, ora com
dois zagueiros, ora com três zagueiros, mas sempre liberando os alas e contando
com três atacantes.

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A dificuldade no esquema de jogo adotado revela-se na saída
de bola sem qualidade desde que o experiente volante Wellington foi embora, na
queda de produção do promissor Cristhian e nos altos e baixos de Leo Citadini.
A esperança é de que o uruguaio David Terrans consiga, finalmente, fazer a
ligação com os lépidos atacantes Nikão, Renato Kaizer, Vitinho e, agora também,
o jovem Matheus Babi.

Outra coisinha: o time apresenta uma característica emocional curiosa, pois cresce frente aos rivais historicamente mais qualificados – tipo Flamengo, Grêmio, River Plate e outros – e baixa a rotação diante de adversários de menor envergadura técnica.

Um bom cardiologista diria que contra os chamados grandes o
Furacão sofre uma pressão sistólica, bombando mais sangue para o corpo; e
contra os adversários menores uma pressão diastólica, que é um repouso quando
os vasos permanecem apenas abertos para o sangue passar.

Brincadeiras à parte, o Athletico tem se saído bem nas quatro competições em que participa concomitantemente.

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