Athletico imponderável e Coxa com irritante regularidade
Uma semana depois do eletrizante clássico Atletiba, vencido nos instantes finais pelo Athletico, com direito a repeteco na virada sobre o Botafogo, também na Arena da Baixada, os dois times frustraram os seus torcedores na noite de sábado.
Os atleticanos ficaram simplesmente irritados com a desconcertante falta de ambição da equipe durante o primeiro tempo da partida com o Bragantino. Poupando alguns titulares e atuando com uniforme de cor azul, talvez alguns jogadores tenham se sentido no Manchester City, se bem que original mesmo só Fernandinho que barbarizou no futebol inglês.
Mas como o Furacão sempre vira na etapa complementar seria melhor aguardar as providências de Paulo Turra nos vestiários. Mas, que nada, o time voltou desorganizado, apenas com Canobbio armando uma correria pela ponta direita; Pablo e Vitor Roque desconcentrados e o meio de campo mais sem criatividade do que a maioria dos políticos brasileiros que não se cansam de atrasar o nosso país.
Não deu outra: vitória inquestionável do esforçado Bragantino. Mas se o Athletico continua imponderável o Coritiba mantém irritante regularidade. Ou, por outra, tornou-se regular o Coxa não conseguir ganhar de ninguém neste campeonato.
Até que ensaiou no começo, abrindo a contagem e dando um alento ao público presente. Pouco a pouco, entretanto, o Galo mineiro foi se ajustando, mesmo sem vários titulares poupados para o confronto com o Furacão, pela Copa Libertadores, e chegou ao empate.
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Se o time coxa-branca já não é grande coisa ao natural, imaginem com um homem a menos após a expulsão infantil de Zé Roberto. Daí em diante só pressão do Galo mineiro até que no último minuto do tempo regulamentar – de novo ! – o zagueiro Marcos Vinicius cometeu uma falta desnecessária sobre o atacante Vargas e o árbitro apitou pênalti. Hulk cobrou e a virada estava decretada no placar.
Dezenas de membros das torcidas organizadas perderam a paciência e tentaram invadir o gramado, confrontando-se com o policiamento em cenas que nos remeteram a 2009, quando o Coxa foi rebaixado em jogo com o Fluminense no Alto da Glória.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...
