Depois de dois ensaios para tentar chegar a decisão do Campeonato Brasileiro – eliminação para o Flamengo na semifinal de 1983 e para o Atlético-MG nas quartas de final em 1996 – há 20 anos o Athletico tornou-se campeão nacional.
Mário Sergio desenhou as primeiras escalações do grande time que se tornaria campeão brasileiro. Cometeu erros e acertos, tanto quanto os dirigentes Samir Haidar e Antônio Carletto Sobrinho.
Os três ficaram pelo meio do caminho, mas deixaram a semente plantada no solo fértil da velha Baixada.
Vieram o técnico Geninho e o diretor de futebol Valmor Zimermann. O caminho foi retomado com a participação equilibrada do presidente Marcus Coelho.
Sobretudo e sobre todos pairava a figura emblemática de Mario Celso Petraglia.
A bola rolou, a bola correu, a bola encantou e inflamou a criativa torcida atleticana que passou a tomar conta dos jogos, invariavelmente lotando a Arena da Baixada.
Jogos e mais jogos, fases e mais fases até que chegou a hora da verdade.
As quartas de final com o São Paulo de Rogério Ceni, Kaká, Julio Batista, França e outras feras prometiam grandes emoções. Pelo regulamento do campeonato seria apenas uma partida e, pelo retrospecto da campanha, com mando do Athletico.
Aliás, a campanha do título foi exemplar com 68 gols assinalados, sendo que os goleadores Alex Mineiro e Kléber marcaram 17 cada um.
Jogo difícil, amarrado e que encheu o rubro-negro paranaense de confiança após o triunfo de 2 a 1.
O chega prá lá de Cocito em Kaká ficou marcado na memória e nas retinas dos atleticanos.
Na semifinal o adversário foi o Fluminense, com uma equipe bem arrumada e com ares de favoritismo.
O Tricolor carioca curvou-se após um jogão que terminou com o placar de 3 a 2 para o Furacão.
O principal detalhe desse momento mágico foi a presença do atacante Alex Mineiro que marcou um gol no São Paulo, os três no Fluminense e fecharia a conta com mais quatro gols nas finais com o São Caetano. Absolutamente arrebatador.
4 a 2 na Arena da Baixada e 1 a 0 no Anacleto Campanella.
A escalação do time campeão tornou-se autêntica sinfonia aos ouvidos atleticanos: Flávio; Alessandro, Gustavo, Nem, Rogério Correa e Fabiano; Cocito, Kléberson e Adriano; Kléber e Alex Mineiro.
E ainda contou com alguns reservas de luxo, tais como Souza, Ilan, Adauto e a jovem revelação Dagoberto.
Na partida final, o Athletico entrou em campo como favorito e saiu campeão. Em nenhum momento a equipe titubeou.
Na comemoração, ainda em São Caetano, soube que o técnico Geninho, antes do jogo no vestiário, abriu uma sacola e entregou uma faixa de campeão para cada jogador. Eles pegaram a faixa e com surpresa ouviram a justificativa do comandante:
- As faixas estão aí, subam, ganhem o jogo e façam por merecê-las eternamente!
Leia todos os episódios da série especial sobre os 20 anos do título do Athletico de 2001
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Há 20 anos, nascia uma estrela; veja série especial sobre o título de 2001 do Athletico
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Episódio 1: O mundo (a revolução na Baixada e caem as torres)
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Episódio 2: O time (com mais bandidos)
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Episódio 3: A noite (ou acaba…)
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Episódio 4: O ataque (arruaceiro e petulante)
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Episódio 5: A família (no Dindo e no ZAP)
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Episódio final: Um 2022 com muita paz
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Episódio bônus: Os gols fundamentais, por seus autores
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Episódio bônus: Uma carta para Alex, o mais mineiro dos matadores