Futebol brasileiro se distancia profundamente do europeu e seleção vira chacota

Observando os jogos, as atuações dos nossos principais times e da seleção brasileira torna-se inevitável constatar a preocupante queda de padrão, em todos os aspectos.
Começa pelos intermináveis desmandos no comando da CBF – Confederação Brasileira de Futebol – nas últimas décadas, com diversos presidentes afastados pelos mais diversos motivos, o atual pressionado por ações judiciais, a insistência com os anacrônicos e deficitários campeonatos estaduais, a profissionalização dos dirigentes dos clubes, a influência imperativa dos empresários e agentes de jogadores sobre os clubes, o despreparo das novas gerações de treinadores, executivos e, sobretudo, de jogadores, até chegar no excessivo volume de dinheiro que rola, tirando a essência romântica e artística que fez do futebol brasileiro o melhor do mundo até a conquista do pentacampeonato mundial.
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Sem título há cinco Copas do Mundo, a seleção brasileira virou motivo de risos e chacotas pelo planeta inteiro.
E não apenas pelos maus resultados obtidos, mas pela desorganização, falta de planejamento inteligente da CBF, tanto que, as vésperas de nova convocação, ainda não foi contratado o novo técnico para a equipe nacional.
A Argentina, ao contrário, que sofre com graves crises econômicas e políticas nas últimas décadas, com a maioria dos seus times sem muito brilho nas competições continentais, mas conseguiu ganhar mais um título de campeão mundial com a sua seleção, graças à competência de gestão da AFA – Associação Argentina de Futebol – que soube escolher o treinador e extraiu o máximo dos jogadores que atuam no exterior.

Aqui, ao contrário, parece que os jogadores convocados para vestir a, ainda, camisa amarela, o fazem com má vontade ou desinteresse. Daí, os vexames mais recentes, como a goleada para os argentinos que culminou com a queda do treinador Dorival Junior.
Acompanhando a espetacular performance dos cubes que participaram das etapas decisivas da Liga dos Campeões da Europa, conduzindo PSG e Inter para a grande final, tornou-se impossível não considerar que aprofundou-se o distanciamento técnico do futebol brasileiro com o europeu.
Até parece que eles praticam um esporte diferente.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...