Análise

A discreta decadência do futebol brasileiro, há muito tempo sem um melhor do mundo

Neymar em treino da seleção.

Há 14 anos não comemoramos a eleição de um jogador brasileiro como o melhor do mundo. O último foi Kaká, na temporada de 2007.

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Antes dele, Romário, Ronaldo três vezes, Rivaldo e Ronaldinho Gaucho duas vezes, nos honraram com as suas respectivas eleições.

No futebol feminino a rainha Marta sempre deu alegrias.

A revista France Football celebrizou-se por eleger os melhores e ela designou o título de “Atleta do Século XX” a Pelé, após o Tricampeonato Mundial no México. Pelé foi uma unanimidade sem dúvida alguma. O único jogador da história a ganhar três Copas do Mundo.

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O troféu Bola de Ouro, da revista francesa, sempre foi muito prestigiado e mereceu a atenção da Fifa, que o incorporou ao calendário oficial das badalações futebolísticas anuais.

Mas a entidade internacional também criou o seu próprio troféu, que premia o desempenho dos atletas na temporada européia, como aconteceu na escolha do melhor entre Messi, Lewandowski e Salah.

Trata-se do The Best Fifa Football Awards, menos abrangente que a Bola de Ouro.

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De qualquer forma, surge pertinente observar a discreta decadência do futebol brasileiro, que há tanto tempo não tem um representante no lugar mais alto do pódio.

Ou, por outra, desde a geração do pentacampeonato mundial – Roberto Carlos, Ronaldo, Rivaldo, Kaká, Ronaldinho Gaúcho – os nossos craques deixaram de ser lembrados.

Neymar ainda entrou em algumas listas recentes, mas jamais conseguiu o primeiro lugar.

Jejum de conquistas mundiais alcançou jogadores no plano individual

É a dura constatação de que o jejum de conquistas mundiais, sejam da seleção nacional em Copas do Mundo – estamos completando 20 anos sem levantar a taça – ou dos nossos times que ganham a Copa Libertadores da América, mas perdem nos confrontos decisivos com os europeus, também alcançou os principais jogadores no plano individual.

Sinal de alerta ligado, afinal, tem muita coisa errada na formação dos jogadores em nossos clubes que apenas agora estão se tornando sociedade anônima; falta de profissionais capacitados como treinadores, supervisores etc, e trabalho amadorístico por parte dos dirigentes no dia a dia dos times.

Isso tudo reflete na preparação e no rendimento da seleção brasileira, que deixou de figurar entre os favoritos na busca dos títulos mundiais.

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