A divisão de receitas dos pacotes pay-per-view (PPV) do Brasileirão continuará gerando reclamações dos clubes em 2019.
Mesmo já há alguns planejando adotar um novo método na partilha das cotas, conforme revelou o Blog do Ohata, a Globo dificilmente implantará a alternativa na próxima temporada, como era esperado.
Assim, cabe a uma criticada pesquisa realizada pelo Ibope definir quanto recebe cada time pelos jogos exibidos no PPV.
“O modelo de divisão de PPV segue baseado na proporção do que sua torcida representa no total da base [de assinantes], de acordo com uma pesquisa”, explica o diretor de planejamento e aquisição de direitos esportivos do Grupo Globo, Fernando Manuel Pinto.
“Existem algumas tratativas para desenvolver uma nova alternativa, um cadastro, mas isso tem que ser feito com plena segurança e confiança no modelo… Não há garantia de mudança para 2019. Meu palpite é que está mais para não mudar. É algo complexo em ternos de segurança e tecnologia de informação”, completa.
A reportagem apurou que o bolo total do PPV gira em torno de R$ 1,5 bilhão anual, sendo que as equipes ficam com 38% dessa quantia.
Diversos clubes, incluindo Vasco e Atlético-PR, já reclamaram da forma como a divisão é feita atualmente. O entendimento é de que a pesquisa pode traduzir um cenário diferente da realidade, pois traça uma estimativa do número de assinantes que torcem para os 20 clubes da Série A.
“A pesquisa é criticada, mas é realizada com selo de garantia de um dos principais institutos pesquisa Brasil. Na hora que formos substituí-la por outra ferramenta, temos que trazer a mesma confiança. O Grupo Globo é muito sério e comprometido em tudo o que faz, não poderia ser diferente na hora de dividir o bolo no qual os clubes são nossos sócios”, defende o diretor da emissora.
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