Executivo da Globo festeja aproximação com o Athletico

Athletico e Globo: namoro.

O enorme impasse envolvendo Athletico e Rede Globo sobre o Brasileirão 2019 parece estar chegando ao fim.

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Após o presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, Mario Celso Petraglia, admitir “ótimas expectativas para o acordo de televisionamento“, o diretor de direitos de futebol da Globo, Fernando Manuel Pinto, confirmou à Gazeta do Povo que o negócio está mesmo se encaminhado para um desfecho positivo.

“O diálogo com Athletico tem fluído de maneira muito construtiva, encaminhando o desenvolvimento de negócios com efeitos positivos para as partes envolvidas e o futebol brasileiro, como temos feito nesse longo processo de consolidação do novo modelo 2019-24, como base de contratação dos direitos da Série A”, disse o executivo da Globo.

Até aqui, a praticamente um mês do início da competição, Athletico e Palmeiras são os únicos clubes que não fecharam acordo de TV aberta para o período de 2019 a 2024. O vínculo também incluiria os direitos de transmissão em pay-per-view (PPV), além da chamada “nuvem digital”, que inclui o fantasy game Cartola FC, por exemplo.

>> Sem Globo, Turner e Premiere, 52 jogos do Brasileirão 2019 são excluídos da TV

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Na TV fechada, o Furacão é exclusivo da Turner nas próximas seis temporadas. Neste ano, o time terá 12 partidas exibidas no canal TNT ao longo do campeonato.

A assinatura com a Globo, que esteve perto de ser improvável, colocaria o time paranaense em “outro patamar” na questão de transmissões — no mesmo nível de mineiros (Atlético-MG e Cruzeiro) e cariocas (Botafogo e Fluminense) no que diz respeito à possibilidade ter jogos exibidos na TV aberta.

Não há garantia de exibição, mas a mudança de nível poderia render mais dinheiro em caixa. Ao todo, 30% do bolo total (cerca de R$ 600 milhões) é referente aos jogos mostrados ao vivo. Outros 30% são distribuídos de acordo com a colocação final, além de 40% de maneira igualitária.

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Como contrapartida, Athletico terá de aceitar os redutores (20% no valor total de TV aberta e 5% por partida no PPV) pelo contrato com a Turner. A Globo não abre mão desse ponto, já que o formato está consolidado e há outros times que já sofrem essa consequência, como Santos e Bahia.

No contrato antigo, que se encerrou no ano passado, o Furacão recebia R$ 35 milhões da televisão por temporada. A nova conta depende de variáveis, mas o número poderia ser quase o triplo, por exemplo, em caso de título nacional.

>> Guia dos jogos na TV: onde assistir Brasileirão, Libertadores, Sul-Americana

O peso de Palmeiras e Athletico para a Globo

Das 38 partidas que cada um tem na Série A, 26 não podem ser legalmente exibidas na TV aberta ou fechada (52 no total), nem mesmo em pay-per-view (PPV ). O motivo é a falta de acordo entre os times e a Globo, dona dos direitos de transmissão das outras 18 equipes da elite.

Ou seja: 68% dos jogos do atual campeão Brasileiro e da Sul-Americana ficarão às cegas para os torcedores. Sem acordo com a Globo, os dois clubes têm, até o momento, apenas 12 partidas cada um com transmissão garantida neste ano. Todas elas em TV fechada, somente nos canais da Turner – TNT ou Space, além do aplicativo pago EI Plus.

A legislação brasileira determina que uma partida só pode ser transmitida por um canal que tenha os direitos de transmissão dos dois times envolvidos. Ou seja, enquanto Furacão e Porco não assinarem, qualquer partida envolvendo um dos dois clubes na Globo ou no Premiere tem sua transmissão ‘embargada’.

Ao todo, por enquanto, por causa da inédita divisão dos direitos do Brasileirão, 182 jogos da temporada não serão mostrados ao vivo. O número pode mudar até a rodada de abertura do torneio, marcada para 28 de abril.

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