Técnicos do Brasileirão defendem caminhoneiros e detonam políticos

Frases de técnicos do Brasileirão sobre a situação política do país. Greve dos caminhoneiros movimenta o futebol.

Em meio à crise nacional por falta de abastecimento, os treinadores de Coritiba, Paraná Clube e América-MG se manifestaram em apoio aos caminhoneiros, contra os políticos e até deixaram no ar que o Brasileirão deveria parar. Todos comentaram o assunto em entrevista coletiva neste fim de semana.

“Nós temos um país, na política, extremamente corrupto. Eu não sou aqueles caras politicamente correto nesse tipo de assunto. Não quero ver minhas filhas, meu neto, crescendo em um país com esse tipo de gente administrando. Não vou generalizar e dizer que são todos, mas a grande maioria é uma lama, uma corrupção, gente morrendo todo dia em hospitais, morrendo de fome e comida sendo jogada no lixo. E a culpa não é dos caminhoneiros, a culpa é dos políticos que não fazem absolutamente nada pelo povo brasileiro”, disparou Micale, neste domingo (27),  atestando não ser esse o país que espera para filhas e netos.

Na sexta-feira (25), o técnico do Coritiba, Eduardo Baptista, abriu o discurso engajado Na situação, chegou a dizer que a classe política “não são ladras, são assassinas” e aproveitou a oportunidade para pedir uma maior conscientização nas eleições desse ano.
“E ssas pessoas [políticos] não são ladras, são assassinas. É PT, PSDB, PMDB, UDB, PTC, são todas as siglas. Em um momento desse, o jogo e o Campeonato Brasileiro ficam em segundo plano. O país vive uma incompetência ou uma falta de honestidade dos nossos políticos. Se eu tenho um minuto para falar, vamos falar disso. Vamos votar certo. Tirar essa cambada de corrupto e de pessoas desonestas, que matam tanta gente”, disparou.

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DESABAFO

Com rodada ameaçada, técnico do @Coritiba detona políticos: “assassinos”

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— Esportiva (@gpesportiva) 26 de maio de 2018

Enderson Moreira, do América-MG, engrossou o discurso, tratando o futebol como ferramenta de alienação, após derrota para o São Paulo, pela sétima rodada do Brasileirão, neste domingo.

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“O país passa por um processo terrível. Estamos falando de futebol com tantas outras dificuldades. O Eduardo Baptista deu um desabafo e, vocês vão me desculpar, mas eu não consigo entender como a gente tem que continuar servindo, às vezes, de diversão para um país que está chorando e lamentando, infelizmente, coisas muito mais graves. Isso, para mim principalmente, mas acho que para todos que participaram, é a força do dever. Tem que vir, porque não é o sentimento que a gente tem. Vendo tantas pessoas com dificuldades, tantas pessoas com tantas preocupações e a gente tendo que desempenhar o nosso papel. Somos profissionais e precisamos fazer, mas o clima deste fim de semana é muito ruim para quem é brasileiro e não vê nenhum tipo de respeito dos nossos governantes com quem realmente merece que é esse povo sofrido. É difícil ser profissional vendo tanta gente passando dificuldade”, destacou.

“Pagamos a conta daquilo que não temos culpa. Da corrupção absurda, da falta de responsabilidade dos governantes que matam muitas pessoas, milhares, quando começam a desviar esse dinheiro das pessoas que precisam”, completou.

“O futebol é a coisa mais importante das menos importantes!”

Enderson Moreira, técnico do América Mineiro, falou sobre a situação do país.#CentralFOXBrasil pic.twitter.com/mFyT2ERiEp

— Central FOX Brasil (@CentralFoxBR) May 28, 2018

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