Os brasileiros nem precisaram esperar pelo fim da Copa do Mundo para voltar à realidade. Bem antes estavam devolvidos.

Se ingleses e espanhois tiveram que voltar ao mesmo tempo que os brasileiros, pelo menos podem extrair da sua realidade uma imaginação: terão times para torcer a Premier League e a La Liga.

E nós temos que encarar a dura realidade que concorre como um dos elementos fundamentais para a decadência do futebol brasileiro em Copa do Mundo: o calendário, que obriga os clubes jogar os campeonatos estaduais, e a jogar o Brasileirão sobreposto à Libertadores e à Copa do Brasil. Um horror.

Entre nós uma análise pela razão assusta ainda mais. Com o fim da Copa do Mundo, lembrei que, como todos os anos, o Athletico não leva a sério o comando técnico.

Só que agora exagerou na dose: Paulo Turra contraria todos os princípios básicos exigidos para comandar um time nesse período da temporada. É em janeiro que se constrói a estrutura individual e tática do time que irá se projetar para todo o ano. E Turra não tem essa capacidade.  Alienado de Luiz Felipe Scolari, só ficou por ser a condição exigida pelo seu criador. Quer dizer: quando um técnico é contratado como condição de um sistema não é recomendável ter maiores ilusões.

Esse filme todos os atleticanos já viram. O treinador fracassa, o presidente manda-o embora, o tutor não gosta, e também vai embora. Quando a temporada começa pra valer, o Athletico tem que começar tudo de novo.