Análise

Valentim no Athletico: o técnico errado, no lugar certo, na hora certa

Uma das características da grandeza do Athletico é a de ser imprevisível. Quando algumas coisas parecem improváveis, acontecem.

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Quem diria que, ignorado pelo mercado em razão de seu histórico de fracassos, Alberto Valentim, por um único jogo, seria o treinador da foto de bicampeão pelo Furacão, da Sul Americana?

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Só foi escolhido depois que as opções queridas foram descartadas. E só foi contratado para preencher formalmente o espaço que ficara aberto com saída de António Oliveira. Tanto que foi assim, que o contrato de Valentim termina no próximo dia 31 de dezembro. 

Em regra, para explicar a casualidade como motivo de um fato positivo, indica-se que o seu autor foi a pessoa certa na hora certa. A capacidade do Athletico de fazer acontecer alguns fatos fez de Valentim a pessoa errada, no lugar certo, na hora certa.

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Não se trata de excluir Valentim da foto de bicampeão da Sul Americana. Não se trata de desvalorizar a sua sorte. Afinal, a sorte é uma virtude preciosa.

O que não se deve é afirmar que a sua atuação teve, também, caráter decisivo. Nada mais foi do que uma mera consequência da execução de um projeto de excelência do futebol do clube. Com Paulo Autuori no comando, o Furacão foi bi da Sul Americana com Valentim, como seria com António Oliveira ou com Lazaroni.

Concluir diferente seria tratar o Athletico como um campeão casual, desvalorizando todo a sua estrutura em beneficio da supervalorização de profissionais. “E pra aquele que provar que tô mentindo eu tiro o meu chapéu”, como cantava o lendário Raul Seixas.

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