Opinião

Um jogo para eternizar um herói: Léo Gamalho fez o Coritiba ser apoteótico

Brasileirão, Couto Pereira: Coritiba 3 x Fluminense 2.

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O Coxa perdia de 2 a 0 e parecia jogar contra o impossível: contra o seu goleiro Muralha, que falhou aos 19 minutos ao tentar encaixar uma bola cuspida pela perna esquerda de Ganso, Flu, 1×0; contra seu zagueiro Henrique que mais preocupado em brigar no braço com Ganso, não viu a bola que foi na cabeça do meia, Flu 2×0; e, contra todos os caminhos bloqueados para Igor Paixão chegar ao gol de Fábio.

É no vestiário, no intervalo do jogo, que as coisas podem ser resolvidas, desde que exista um comando capaz. E o Coritiba tem o comando de Gustavo Morínigo. Com Robinho no lugar de Régis, o Coxa ganhou a bola; com Léo Gamalho no lugar de Clayton, o Coxa ganhou referência e desmontou o sistema de defesa carioca.

Aos 7 minutos, o VAR arrumou um pênalti, existente, aliás, e a expulsão de André, que destruía todas as intenções ofensivas do Coritiba. Gamalho fez 2 a 1 e André deixou o tricolor despedaçado. O empate, então, passou a ser questão de pouco tempo: aos 15 minutos, uma bola sobrou na área carioca para Andrey, que chutou e fez 2 a 2.

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A partir daí, tamanha foi a entrega sentimental dos coxas no campo e na arquibancada (25 mil pessoas), que provocou o justo. O jogo de trabalho pesado, quase agreste, não era para coroinhas. Tendo Gamalho como referência, o Coritiba adotou a velha convenção da bola cruzada.

Depois que Fábio fez um milagre aos 45 minutos, o relógio pareceu ter parado, ficando à espera da última bola para Gamalho. E ela veio aos 49 minutos. O carismático artilheiro, de carrinho, empurrou para as redes a bola vinda da direita, de Fabricio. Coxa 3 a 2.  Um gol que alegrou corações. E maltratou-os, também.

O justo havia se apresentado no Couto Pereira.

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Foi uma daquelas vitórias que sai do contexto presente e viaja para grudar nas grandes vitórias da história dos coxas.

Foi um jogo para eternizar um herói: Léo Gamalho fez o Coritiba ser apoteótico.

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