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Seja Flamengo ou Inter, campeão do Brasileirão 2020 não deixará legado

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Augusto Mafuz
24/02/2021 16:43 - Atualizado: 29/09/2023 20:06
Flamengo depende apenas de si para ser campeão brasileiro
Flamengo depende apenas de si para ser campeão brasileiro | Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

De um campeão, sempre se espera um legado. Pode ser um modelo de jogo que provoque o sentimento do torcedor pelo futebol como esporte, independente da sua torcida.

Exemplos: o “Carrossel holandês”, de Cruyff, o Brasil de Tostão, Gerson e Pelé, a Alemanha de Neuer, Lahm e Kroos, aquela dos 7 a 1, e o Flamengo de Jorge Jesus.

Pode ser um time de jogadores revelados por um projeto com base na essência e na origem do clube campeão. Exemplo: o Internacional de Carpegiani e Falcão e o Flamengo de Zico.

O futebol brasileiro espera conhecer o seu campeão de 2020. Será um campeão que a história já pode traçar semelhanças com qualquer personagem da obra definitiva de Garcia Marques, “O amor nos tempos do cólera”. No caso, será o campeão nos tempos da Covid-19.

Flamengo ou Inter: campeão deixará legado?

Em tom neutro, sem ver relevância no nome do campeão, resta uma única questão: o futuro campeão deixará um legado para o futebol brasileiro? Nenhum legado ficará, entendo.

O Internacional é um comboio de gladiadores disciplinado pelo treinador Abel para jogar atrás, no tranco físico e fazer na busca do gol uma eventualidade. Tanto que é assim, que a sobra de pontos que escancarava a sua liderança despareceu quando precisou ter qualidade individual e tática contra Athletico e Sport.

esse Flamengo não é construído por ideias, pois seus dirigentes, em especial o presidente Landin, são incapazes. É um time forjado em dinheiro capaz de manter Rodrigo Caio, Filipe Luiz, Arrascaeta e Gabriel.

Dirão que há contradição porque a analise começa citando o legado do Flamengo de Jorge Jesus, de 2019, e esse tem a mesma base. São dois times diferentes: o de Jesus encantava pelo jogo em equilibrava com nobreza todos os setores e as funções.

E, esse de Rogério Ceni, mesmo tendo aquela estrutura individual de Jesus, é absolutamente rústico. Vulnerável, às vezes, precisa voluntariamente ou não, clamar por uma intervenção do VAR como ocorreu na vitória sobre o Inter, no Maracanã.

Seja Inter, ou seja Flamengo, o futebol brasileiro continuará à procura de uma novidade que afaste essa inércia representada pelo fracasso do Palmeiras no Mundial de clubes.

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