No Maracanã, a vitória do São Paulo (1×0, Calleri) guarda pouca relação com a derrota do Flamengo. E assim será na hipótese provável do Tricolor ganhar a Copa do Brasil.
A vitória foi produto do mérito, resultado do trabalho sério de Dorival Junior como técnico, de Muricy Ramalho como supervisor e do time que sem estrela ou estrelismo é consciente dos limites.
+ Leia todas as colunas do Augusto Mafuz
A derrota como todas aquelas em finais (Supercopa e Mundial) não se pode atribuir apenas a incapacidade e na personalidade estranha do técnico Sampaoli. Essas ganharam mais evidência por um simples fato: o Flamengo foi transformado em uma ilha da fantasia por ter o seu futebol comandado pelos jogadores.
Supervalorizados para fazer milhões de euros circularem no mercado e internamente na Gávea, ignorando-se o fracasso no exterior de Gabigol (Inter de Milão e Benfica), Gerson (Olympique de Marselha), Pedro (Fiorentina), Cebolinha (Benfica) e Ayrton Lucas (Spartak de Moscou), o Flamengo, por Landin e o seu bando, foi transformado em conto da carochinha.
O São Paulo merece ganhar a Copa do Brasil. Não só pelo mérito, mas também pela obrigação de iniciar uma nova etapa no futebol brasileiro. A volta da seriedade por aqui passa necessariamente pelos fracassos do Flamengo.