Opinião

Renato Kayzer é o Pokémon do Furacão

Assim como maior parte do elenco, Renato Kayzer tem contrato longo com o Athletico

Criança é criança, mas não é ingênua. Explicando aos meus netos Leonardo e Francisco, atleticanos dos grandes, da raridade que é ter no futebol brasileiro, um atacante talentoso e marcador de gols, perguntaram: “Então, assim, o nosso Kayzer acaba sendo tão raro como é o Pokémon Lendário Mewton”?

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A imagem das crianças de Renato Kayzer não é a mesma da que temos, a do jogador rústico, quebrador de bola e gols inesperados. A imagem de Kayzer da torcida que acabou de sair do berço é aquela que com Nikão levou o Flamengo à loucura na Copa do Brasil, destruindo-o.   

Menos, menos, respondi.

Eis uma questão interessante. Nessa crise de atacante em que o futebol brasileiro se obriga a buscar soluções em veteranos como Hulk, Fred e Diego Costa, uma espécie como Kayzer acaba se valorizando no mercado.   

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Hoje Kayzer tem valor razoável. Até pouco tempo atrás, por 30 moedas, qualquer um o levaria.

Qual a origem dessa crise de revelação de goleadores? Tratando-se do Furacão, não há crise. O CT do Caju nunca foi propenso a revelar goleadores. 

O Athletico só teve o que foi buscar: Kleber “Incendiário”, Washington “Coração Valente”, Alex Mineiro e, mais recentemente, o notável argentino Marco Ruben.

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Lá no Caju, sempre se privilegiou e, por isso, o clube ficou rico, com zagueiro (Léo Pereira), lateral (Renan Lodi), volantes e meias (Kleberson, Otávio, Bruno Guimarães, Fernandinho, Jadson) e atacantes (Pablo e Vitinho).

Por enquanto, Renato Kayzer é Pokémon rubro-negro.

O mercado de jogador é mesmo um enigma. Dizem os meus netos que Mewton só poderá ser encontrado daqui a dois anos. Significam dois anos de Kayzer?

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