Opinião

Rafinha e o conceito de ídolo

Rafinha, jogador do Coritiba

Rafinha deve se aposentar no Coritiba

O descarte de Rafinha pelo Coritiba submete-se à crítica porque teria sido desprezada a sua condição de ídolo.

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Conheço bem Rafinha. Quando vivia o drama de ser um escravo do São Paulo, meu escritório o socorreu com a tese do abuso de direito do clube, que não usa o jogador e só o empresta.

Com a corrente cortada foi ter ao Coritiba que lhe deu prestigio e a chance de ganhar dinheiro. Suas virtudes no campo se conciliam com as do homem de bem fora dele.

Mas não sou daqueles que adota o atual conceito de ídolo. Ídolo para mim continua sendo aquele que em um dado momento da história interviu como um elemento de diferença.

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No Coritiba, para não cair no óbvio, não cito Krüger, que de tão grande, virou estátua. Lembro de José Hidalgo Neto. Nunca foi o melhor jogador, mas foi o mais importante dos anos 70. A história do Coxa dessa época passa por ele. Nas fotos dos títulos, lá está a figura suprema do líder, do volante técnico e inteligente do capitão Hidalgo.

Talvez o conceito de ídolo para Rafinha possa receber uma interpretação extensiva tratando-se do atual Coritiba. Mas, ainda, assim, não entendo que foi desprezado em razão da usa história. Pode ter sido injustiçado por manter a honestidade de não ter o contrato pelos seis meses que ficou inativo por contusão.

Perguntarão: o notável Alex foi o último ídolo do Coritiba? Ídolo, ídolo tenho dúvida. 

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Com certeza, jogando com o coração de torcedor, foi a maior celebridade em campo do Coxa nos últimos anos.

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