Maracanã, Brasileirão: Flamengo 5×0 Athletico.
Reservas são reservas. Só que os reservas do Flamengo são diferentes. Um dia desses, no Morumbi, ganharam do São Paulo. Ei-los: Fabrício Bruno, Pablo, Ayrton Lucas, Thiago Maia, Diego e Marinho. E se bastassem, Matheuzinho, Victor Hugo e Lázaro estão entre as revelações do futebol brasileiro.
Em um ponto concordo com Felipão. Para vencer o Estudiantes, em La Plata, e ir à semifinal da Libertadores, o Furacão gastou toda a energia, o suor e quase gastou a alma. E, ainda, na quarta-feira (17) decidirá com o Flamengo uma vaga para ir a semifinal da Copa do Brasil.
Mas no outro ponto, Felipão cometeu um grave erro: confiando demais em si, confiou em excesso nos reservas. E, em Orejuela, em uma zaga com Matheus Felipe e Nico Hernández, um meio com Erick e Vitor Bueno, confiar como confiou é aumentar o risco de derrota.
Felipão deveria ser ponderado. Em especial, depois da indisposição física que afastou o goleiro Bento do jogo. Era previsível que com o menino Anderson no gol, e a zaga com Matheus Felipe e Nico Hernández, a bola área seria fatal. Felipe e Nico juntos é pedir para perder.
Daí, Marinho, cobrando escanteios da direita, foi jogando bola em cima da zaga atleticana para Fabrício Bruno (2), Lázaro e Pedro marcarem de cabeça. Gols que pareciam ter saído de um programa de computador. Ayrton Lucas fez mais um.
Perder é do jogo. Mas perder de 5 a 0, independente das circunstâncias, constrange. Se Felipão tinha o direito de errar usou-o nesse jogo.
A essa altura da vida, Felipão deve ter aprendido lições de autoengano. Contra o Flamengo, quarta feira (17), pela Copa do Brasil, o Furacão além do jogo vai jogar o orgulho ferido pelos cinco tomados no Maracanã.
Mas, mesmo que conseguia, nunca vale a pena tomar de 5 a 0.