Opinião

A perigosa revolução prometida por Follador no Coritiba

Renato Follador prometeu revolução no Coritiba.

Imediatamente após o rebaixamento do Coritiba, o seu G6, postado em posição cênica, ofereceu uma mensagem na locução do presidente Follador falou: “Um compromisso com o objetivo de resgatar a história alviverde de grandes conquistas. Compromisso de fazer uma verdadeira revolução. Para que todo coxa-branca de coração, independentemente da idade, possa voltar a vibrar com o seu time”.

continua após a publicidade

Se a pretensão da mensagem foi, apenas, para ser solidariedade ao sentimento humilhado, foi brilhante. Mas, se teve o objetivo de antecipar um futuro certo e definitivo, teve fundo populista. Por conhecer as verdadeiras intenções dos novos dirigentes, interpretei a mensagem como um ato de solidariedade e esperança, que faz bem para quem sofre.

Concluir ao contrário, poderia sugerir um fundo populista, ou então, o desconhecimento de que, no futebol, já não é possível fazer revoluções de impacto e de resultados imediatos.

Faltou Follador pedir paciência

O conceito de resultado no futebol foi ampliado, já não é necessariamente o mais relevante. Vencer de imediato um Estadual, voltar a jogar o Brasileirão, ter uma ou outra vitória histórica, não significa mais revolução. Essa exige que todo o resultado de campo seja consequência de um projeto sadio, sem vícios e executado sem ações improvisadas.

continua após a publicidade

Faltou na mensagem do G6, um pedido de resignação, paciência, transigência e de renúncia ao imediatismo. Esse pedido será compreendido, pois é fácil explicar que o Coritiba hoje só não é terra arrasada porque tem uma história, uma torcida, uma camisa.

É bom Follador completar a mensagem do G6. Do contrário, na primeira derrota em Atletiba, os enlutados voltarão com o apelo que está levando muitos clubes à insolvência: “Queremos jogador”.

continua após a publicidade
Exit mobile version