Opinião

Palmeiras mecânico é campeão em cima de um Flamengo com técnico decadente

Jogadores do Palmeiras comemoram o título da Libertadores

Jogadores fizeram a festa em Montevidéu.

Um Palmeiras mecânico e com alta voltagem. Um grupo de qualidade restrita técnica ao goleiro Weverton, ao zagueiro Gustavo Gomez e ao meia Raphael Veiga, forma mais um time de gladiadores à imagem do seu criador, o português Abel Ferreira. Esse Palmeiras, com justiça, continua campeão da Libertadores da América. Agora, tricampeão. Coisa só para os eleitos como o Santos, o São Paulo e o Grêmio.

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Em Montevidéu, ganhou do Flamengo, na prorrogação, dando a mão ao improvável como ocorrera contra o Santos (1×0), na final de 2020: agora, o exótico e conturbado Deyverson marcou o gol da vitória, como o repentino Breno Lopes havia marcado no Maracanã.

O Flamengo perdeu, também, porque se preocupou muito com o Palmeiras, esquecendo que há tempo guardava o maior inimigo, aquele que poderia derrotá-lo: o seu treinador Renato Portaluppi.

Há, ainda, quem diminua a importância de um treinador. No caso, Renato Gaúcho provou que a falta de capacidade de um técnico é capaz de remeter para o lugar comum, a qualidade individual de jogadores como Arrascaeta, Andreas Pereira, Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Filipe Luis e Gabigol. Gaúcho fez desses jogadores um grupo vulgar.

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Não surpreendeu que logo aos 6 minutos de jogo, o Palmeiras marcasse com Raphael Veiga, que, vindo de trás, finalizou uma jogada de Mayke pela direita. Era anunciado que o lado esquerdo de Filipe Luis ficaria aberto por falta de cobertura de David Luiz.

Na etapa final, nem o gol de empate, de Gabigol, aos 26, nem a entrada de Michael alteraram a desordem do Flamengo. Não obstante estar esfacelado no meio pelas saídas de Danilo, Raphael Veiga e Zé Rafael, o Palmeiras manteve a mesma rota de costume, que não se interessa pela posse de bola e, às vezes, parecendo programado em computador, continuou imperturbável. Parecia ter certeza de que o Flamengo erraria outra vez.

Então, aconteceu: aos 4 da prorrogação, o zagueiro David Luiz, o dos 7 a 1, atrasou para Andréas Pereira, que perdeu para Deyverson em uma zona aberta. Aquele que seria o herói improvável avançou e venceu Diego Alves, 2×1. O erro individual foi consequência da própria desordem do time carioca.

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O Palmeiras saiu tricampeão, o português Abel Ferreira como o maior treinador da história do clube, e Renato Gaúcho deixando, definitivamente, de ser treinador para ser um personagem decadente.

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