Opinião

O perigoso otimismo do torcedor do Athletico em 2021

Autuori e Petraglia comandam o futebol do Athletico em 2021

Porque o Athletico voltou a ter o direito de contratar, o seu torcedor aumentou as reservas de otimismo. Aconselho-o a controlá-las para mais tarde não carregar frustrações.

continua após a publicidade

Como a paixão encurta a memória, lembro o que o presidente Petraglia falou um dia desses: “o nosso projeto irá atrasar dois anos”.  Não disse qual é o projeto, mas, seja qual for, com certeza nele não estará a formação de um grande time dentro do conceito passional que o torcedor imprime.

Nada será como antes da suspensão da Fifa. Os reforços que virão, serão contratados obedecendo à cartilha de apostas. São os “semiprontos” pelos quais se paga por um percentual dos direitos, ou são os jogadores de “oportunidade de mercado”, cujos vínculos estão se encerrando com outros times.

Desta vez, o risco de erro será menor, porque quem escolherá as cartas para a aposta será Paulo Autuori, cujas intenções profissionais e éticas são bem diferentes das de Paulo André, de triste memória. Não acredito que, com os olhos da Fifa bem abertos, o Furacão volte a usar de imediato o “método Petraglia”, como fez com Rony e Bambu, embora sempre tenha uma coceirinha na mão.

continua após a publicidade

Essa análise, baseada em fatos, conclui que não haverá nada muito diferente do time com Santos, Tiago Heleno, Pedro Henrique, Abner, Nikão, Christian, Erick, Vitinho, Kayzer, Lucho González, Cittadini e Halter, Khellven e Bissoli, que que fez Autuori dez anos para salvá-lo da Segundona.

Entendo que a reserva de otimismo já não seja em razão da ambição controlada para contratar. Com Autuori no comando futebol, o time acaba se ajustando. A questão é se com a nova ordem de restringir a contratação de técnico, é possível correr o risco de gastar esse tempo de preparação com uma aposta.  Em matéria de técnico, diferente de jogador, toda a aposta é arriscada.

Nos 25 anos de Petraglia, nenhum técnico nessa condição deu certo. A última experiência com Eduardo Barros foi desastrosa e teve que ser interrompida para que o time não fosse rebaixado. Tiago Nunes já tinha rodado 19 anos quando chegou ao Caju.

continua após a publicidade

Exit mobile version